Anistia acusa Israel de crimes de guerra na Faixa de Gaza
Para entidade, país agiu de forma “indiferente e insensível” em relação ao conflito que aconteceu entre julho e agosto e que deixou mais de 2 mil mortos em Gaza
Gabriela Ruic
Publicado em 5 de novembro de 2014 às 10h58.
São Paulo – A Anistia Internacional, organização não governamental ( ONG ) que atua na defesa dos direitos humanos mundo afora, divulgou nesta quarta-feira um relatório no qual acusa Israel por crimes de guerra na Faixa de Gaza em razão da operação militar realizada na região entre os meses de julho e agosto de 2014.
Na ocasião, os ataques feitos por forças israelenses mataram mais de 2.200 pessoas, sendo a maioria delas civis (em torno de 519 eram crianças).
Segundo o relatório da entidade, o conflito causou a destruição 18 mil lares, deixando mais de 100 mil pessoas desabrigadas. Do outro lado, os bombardeios realizados por grupos armados palestinos, como o Hamas, em solo israelense foram responsáveis pelas mortes de seis civis (1 criança) e, em Gaza, 66 soldados de Israel morreram.
Ainda de acordo com o documento, foram investigados os ataques realizados em regiões residenciais e as obrigações de Israel perante leis humanitárias. Para tanto, o relatório focou em oito bombardeios específicos em prédios e casas e que deixaram 111 mortos, dos quais 104 eram civis.
Israel falhou em não tomar as precauções necessárias para evitar danos excessivos aos civis e bens civis, conforme é exigido pelo direito internacional humanitário. Em todos os casos nenhum aviso prévio foi dado para que os residentes pudessem tentar escapar, constatou a Anistia Internacional.
As forças israelenses desrespeitaram descaradamente as leis de guerra através da realização de uma série de ataques em casas de civis, mostrando indiferença e insensibilidade em relação à carnificina causada, disse Philip Luther, diretor da organização.
Mesmo que algum combatente estivesse em alguma destas residências, não absolveria Israel de sua obrigação de proteger as vidas dos civis envolvidos no conflito, prosseguiu.
Apesar de focar nas violações do país, o relatório também acusa os grupos armados palestinos de terem cometido crimes de guerra pelo ataque que resultou na morte de seis civis em território israelense.
A entidade também informou que teve de conduzir suas investigações de fora de Gaza, uma vez que o governo de Israel não permite a entrada de organizações humanitárias na região.
Repercussão
Em um comunicado oficial divulgado na manhã de hoje, autoridades israelenses acusam a organização de ter fechado os olhos para os crimes cometidos pelo Hamas, um dos grupos armados que atua em Gaza.
Ao ignorar a natureza do inimigo que Israel enfrenta em Gaza, o relatório da Anistia falha em contribuir para a importante discussão que é necessária para a solução deste conflito, declarou um porta-voz. Foi informado também que Israel está conduzindo suas próprias investigações sobre o ocorrido.
Em julho, um vídeo divulgado na internet mostrou a destruição de um pequeno bairro de Gaza após os ataques israelenses. Veja abaixo.
//www.youtube.com/embed/4Tair7Zywao?rel=0&showinfo=0
São Paulo – A Anistia Internacional, organização não governamental ( ONG ) que atua na defesa dos direitos humanos mundo afora, divulgou nesta quarta-feira um relatório no qual acusa Israel por crimes de guerra na Faixa de Gaza em razão da operação militar realizada na região entre os meses de julho e agosto de 2014.
Na ocasião, os ataques feitos por forças israelenses mataram mais de 2.200 pessoas, sendo a maioria delas civis (em torno de 519 eram crianças).
Segundo o relatório da entidade, o conflito causou a destruição 18 mil lares, deixando mais de 100 mil pessoas desabrigadas. Do outro lado, os bombardeios realizados por grupos armados palestinos, como o Hamas, em solo israelense foram responsáveis pelas mortes de seis civis (1 criança) e, em Gaza, 66 soldados de Israel morreram.
Ainda de acordo com o documento, foram investigados os ataques realizados em regiões residenciais e as obrigações de Israel perante leis humanitárias. Para tanto, o relatório focou em oito bombardeios específicos em prédios e casas e que deixaram 111 mortos, dos quais 104 eram civis.
Israel falhou em não tomar as precauções necessárias para evitar danos excessivos aos civis e bens civis, conforme é exigido pelo direito internacional humanitário. Em todos os casos nenhum aviso prévio foi dado para que os residentes pudessem tentar escapar, constatou a Anistia Internacional.
As forças israelenses desrespeitaram descaradamente as leis de guerra através da realização de uma série de ataques em casas de civis, mostrando indiferença e insensibilidade em relação à carnificina causada, disse Philip Luther, diretor da organização.
Mesmo que algum combatente estivesse em alguma destas residências, não absolveria Israel de sua obrigação de proteger as vidas dos civis envolvidos no conflito, prosseguiu.
Apesar de focar nas violações do país, o relatório também acusa os grupos armados palestinos de terem cometido crimes de guerra pelo ataque que resultou na morte de seis civis em território israelense.
A entidade também informou que teve de conduzir suas investigações de fora de Gaza, uma vez que o governo de Israel não permite a entrada de organizações humanitárias na região.
Repercussão
Em um comunicado oficial divulgado na manhã de hoje, autoridades israelenses acusam a organização de ter fechado os olhos para os crimes cometidos pelo Hamas, um dos grupos armados que atua em Gaza.
Ao ignorar a natureza do inimigo que Israel enfrenta em Gaza, o relatório da Anistia falha em contribuir para a importante discussão que é necessária para a solução deste conflito, declarou um porta-voz. Foi informado também que Israel está conduzindo suas próprias investigações sobre o ocorrido.
Em julho, um vídeo divulgado na internet mostrou a destruição de um pequeno bairro de Gaza após os ataques israelenses. Veja abaixo.
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