Analgésico usado como entorpecente faz vítimas no Canadá
"Está no mercado negro e sua presença aumenta", informou Pierre-André Dubé, farmacêutico e toxicólogo que trabalha no Instituto Nacional de Saúde Pública de Quebec
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 21h20.
Montreal - O Fentanil, um analgésico vendido com receita médica e cujo uso como entorpecente se tornou corriqueiro, tem causado estragos e feito vítimas fatais no Canadá , onde seu uso é cada vez mais disseminado, advertiram vários especialistas.
"Está no mercado negro e sua presença aumenta", informou à AFP Pierre-André Dubé, farmacêutico e toxicólogo que trabalha no Instituto Nacional de Saúde Pública de Quebec.
Há algum tempo, os especialistas têm mais capacidade para detectar a presença deste opiáceo cem vezes mais poderoso que a morfina, barato e de fácil acesso, com métodos analíticos mais precisos.
"As pessoas morrem de overdose", explicou Dubé. "Costumam desenvolver tolerância e tomam gradativamente doses cada vez maiores para obter o efeito euforizante pretendido. Acontece que elas deixam de tomar, por exemplo, durante um tratamento de desintoxicação e logo retomam a mesma dose que antes, sem levar em conta que sua tolerância já não é a mesma".
"Expõem-se, então, a uma depressão violenta, à interrupção de certas funções cerebrais e à morte por parada respiratória. Algumas ficam reduzidas ao estado vegetativo", acrescentou.
O medicamento é vendido com receita a pessoas que sofrem e dores crônicas e também a pacientes com câncer. É aplicado normalmente sob a forma de adesivos colados na pele durante três dias para permitir que a substância ativa penetre paulatinamente no corpo por osmose.
Assim, os dependentes podem consegui-lo sem dificuldade, seja comprando-o ou recolhendo adesivos usados no lixo, mas que ainda mantêm 70% da dose inicial.
Eles os consumem de diferentes maneiras: mastigando os adesivos, colando vários no corpo ao mesmo tempo, cortando em tiras finas e aplicando-os nas mucosas, fazendo com eles uma infusão para beber ou injetar, explicou o toxicólogo.
Foram registradas pelo menos três mortes em Ottawa por overdose nos últimos meses, mas a polícia acredita que o número de vítimas fatais seja muito maior.
Montreal - O Fentanil, um analgésico vendido com receita médica e cujo uso como entorpecente se tornou corriqueiro, tem causado estragos e feito vítimas fatais no Canadá , onde seu uso é cada vez mais disseminado, advertiram vários especialistas.
"Está no mercado negro e sua presença aumenta", informou à AFP Pierre-André Dubé, farmacêutico e toxicólogo que trabalha no Instituto Nacional de Saúde Pública de Quebec.
Há algum tempo, os especialistas têm mais capacidade para detectar a presença deste opiáceo cem vezes mais poderoso que a morfina, barato e de fácil acesso, com métodos analíticos mais precisos.
"As pessoas morrem de overdose", explicou Dubé. "Costumam desenvolver tolerância e tomam gradativamente doses cada vez maiores para obter o efeito euforizante pretendido. Acontece que elas deixam de tomar, por exemplo, durante um tratamento de desintoxicação e logo retomam a mesma dose que antes, sem levar em conta que sua tolerância já não é a mesma".
"Expõem-se, então, a uma depressão violenta, à interrupção de certas funções cerebrais e à morte por parada respiratória. Algumas ficam reduzidas ao estado vegetativo", acrescentou.
O medicamento é vendido com receita a pessoas que sofrem e dores crônicas e também a pacientes com câncer. É aplicado normalmente sob a forma de adesivos colados na pele durante três dias para permitir que a substância ativa penetre paulatinamente no corpo por osmose.
Assim, os dependentes podem consegui-lo sem dificuldade, seja comprando-o ou recolhendo adesivos usados no lixo, mas que ainda mantêm 70% da dose inicial.
Eles os consumem de diferentes maneiras: mastigando os adesivos, colando vários no corpo ao mesmo tempo, cortando em tiras finas e aplicando-os nas mucosas, fazendo com eles uma infusão para beber ou injetar, explicou o toxicólogo.
Foram registradas pelo menos três mortes em Ottawa por overdose nos últimos meses, mas a polícia acredita que o número de vítimas fatais seja muito maior.