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Amorim: Brasil atuou com ousadia e mudou seu lugar no mundo

Chanceler considerou que o Brasil ganhou protagonismo internacional graças à política externa ousada

Apesar de evitar falar em liderança, Amorim concedeu ao Brasil um papel preponderante na política externa regional (.)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2010 às 15h30.

Buenos Aires - O chanceler Celso Amorim considerou que o Brasil ganhou protagonismo em nível internacional graças a uma política externa ousada e baseada na cooperação Sul-Sul, segundo um artigo publicado neste domingo no jornal argentino Clarín.

"O Brasil atuou com ousadia e, como outros países em desenvolvimento, mudou seu lugar no mundo", afirmou.

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Segundo Amorim, "estes países são vistos hoje, inclusive pelos eventuais críticos, como atores sobre os quais recaem crescentes responsabilidades e um papel cada vez mais central nas decisões que afetam os destinos globais do planeta".

"Uma boa política externa exige prudência, mas também ousadia, não pode basear-se na timidez ou no complexo de inferioridade", enfatizou.

Apesar de evitar falar em liderança, o chanceler concedeu a seu país um papel preponderante na política externa regional que, a seu ver, foi possível pela "transformação da realidade econômica, social e política do país" que faz do Brasil um país "mais estável e menos injusto".

"É inegável o peso cada vez maior que hoje temos, assim como um grupo novo de países, na discussão dos principais temas da agenda internacional, da mudança climática ao comércio, das finanças à paz e a segurança", destacou.

O chanceler defendeu o aprofundamento da cooperação Sul-Sul para que os países em desenvolvimento adquiram protagonismo no plano internacional.

"Quanto mais falam e cooperam entre si os países em desenvolvimento, mais são ouvidos pelos ricos; a recente crise financeira evidenciou de maneira ainda mais clara o fato de que o mundo já não pode ser governado por um consórcio de poucos", escreveu Amorim.

O chanceler considerou que "uma maior capacidade de articulaçãop Sul-Sul (...) eleva a voz de países que antes estavam relegados a uma posição secundária" nos fóruns internacionais.

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