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Americanos vão às ruas neste sábado pela reforma migratória

Milhares tomarão as ruas de mais de 160 cidades para exigir a rápida aprovação da reforma em tramitação no Congresso

Ativistas pró-reforma protestam na frente do centro de detenção de imigrantes da Varick Street, em Nova York, 22 de agosto de 2013 (Emmanuel Dunand/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 23h58.

Washington - Milhares de pessoas tomarão as ruas de mais de 160 cidades nos EUA , neste sábado, para exigir do Congresso a rápida aprovação da reforma migratória em tramitação na Casa e que inclua a possibilidade de conceder cidadania a 11 milhões de imigrantes em situação ilegal.

"É o primeiro passo para intensificar a pressão sobre a liderança da Câmara de Representantes para que, simplesmente, voltem a votar o projeto migratório", disse à AFP o diretor de campanha do Movimento Por uma Reforma Migratória Justa (FIRM, na sigla em inglês), Mehrdad Azemun.

As ações vão se espalhar por 163 cidades em 41 estados - desde as zonas urbanas de concentração latina na Califórnia, Arizona, Texas, Flórida e Nova York, até regiões afastadas do Colorado, Carolina do Sul, Montana, ou Havaí. Os ativistas marcharão no Parque José Martí, na Little Havana, em Miami, bastião da comunidade cubana na Flórida; cruzarão a emblemática ponte do Brooklyn, em Nova York; e passarão pelo coração de Hollywood em Los Angeles.

Os protestos servirão de antessala para um show e uma passeata, na terça-feira, no Mall em Washington. São esperadas mais de 130 mil pessoas.

Reforma bloqueada no Congresso

O Senado, de maioria democrata, aprovou em junho passado um projeto que prevê um caminho para conceder, sob rígidas condições e ao término de um período de pelo menos 13 anos, a nacionalidade americana a milhões de imigrantes em situação ilegal. A maioria é de origem latina.

A oposição republicana, que controla a Câmara de Representantes, rejeita a proposta do Senado, por considerá-la uma "anistia" às pessoas na clandestinidade, e se nega a levar o texto para votação em plenária.


Depois de vários meses de bloqueio na Câmara Baixa, os democratas apresentaram esta semana um novo projeto, bastante similar ao que foi aprovado pelo Senado. A diferença está na questão da segurança fronteiriça, que passou a incluir propostas de seus colegas republicanos.

Ao apresentar o projeto como um esforço bipartidário, a minoria democrata acredita que receberá o apoio dos representantes republicanos. Os mais conservadores têm mantido, porém, sua posição, o que os militantes pró-reforma esperam conseguir mudar, tomando as ruas.

As marchas e manifestações "vão mostrar que o país exige uma reforma migratória que detenha as deportações e mantenha as famílias unidas", alegou o congressista Luis Gutiérrez, um dos mais ardorosos defensores da causa.

Marchas antes e depois

As marchas a favor do movimento migratório explodiram em 2006, quando milhões de pessoas protestaram por um projeto contrário à reforma, que estava sendo preparado no Congresso. O diretor da organização Mi Familia Vota, Ben Monterroso, considerou que, na época, houve grandes marchas porque não havia outras formas de participar.

Desde então, o movimento migratório, integrado por dezenas de organizações espalhadas por todo o país, concentraram-se em ações menos visíveis, porém mais eficientes. Com essa nova estratégia, constituiu-se uma imensa força mobilizadora nas redes sociais e durante as eleições.

Essas organizações tiveram um grande peso, por exemplo, na vitória do presidente Barack Obama em novembro passado. Uma das promessas de campanha de seu segundo mandato é, justamente, a reforma migratória.

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"É o primeiro passo para intensificar a pressão sobre a liderança da Câmara de Representantes para que, simplesmente, voltem a votar o projeto migratório", disse à AFP o diretor de campanha do Movimento Por uma Reforma Migratória Justa (FIRM, na sigla em inglês), Mehrdad Azemun.

As ações vão se espalhar por 163 cidades em 41 estados - desde as zonas urbanas de concentração latina na Califórnia, Arizona, Texas, Flórida e Nova York, até regiões afastadas do Colorado, Carolina do Sul, Montana, ou Havaí. Os ativistas marcharão no Parque José Martí, na Little Havana, em Miami, bastião da comunidade cubana na Flórida; cruzarão a emblemática ponte do Brooklyn, em Nova York; e passarão pelo coração de Hollywood em Los Angeles.

Os protestos servirão de antessala para um show e uma passeata, na terça-feira, no Mall em Washington. São esperadas mais de 130 mil pessoas.

Reforma bloqueada no Congresso

O Senado, de maioria democrata, aprovou em junho passado um projeto que prevê um caminho para conceder, sob rígidas condições e ao término de um período de pelo menos 13 anos, a nacionalidade americana a milhões de imigrantes em situação ilegal. A maioria é de origem latina.

A oposição republicana, que controla a Câmara de Representantes, rejeita a proposta do Senado, por considerá-la uma "anistia" às pessoas na clandestinidade, e se nega a levar o texto para votação em plenária.


Depois de vários meses de bloqueio na Câmara Baixa, os democratas apresentaram esta semana um novo projeto, bastante similar ao que foi aprovado pelo Senado. A diferença está na questão da segurança fronteiriça, que passou a incluir propostas de seus colegas republicanos.

Ao apresentar o projeto como um esforço bipartidário, a minoria democrata acredita que receberá o apoio dos representantes republicanos. Os mais conservadores têm mantido, porém, sua posição, o que os militantes pró-reforma esperam conseguir mudar, tomando as ruas.

As marchas e manifestações "vão mostrar que o país exige uma reforma migratória que detenha as deportações e mantenha as famílias unidas", alegou o congressista Luis Gutiérrez, um dos mais ardorosos defensores da causa.

Marchas antes e depois

As marchas a favor do movimento migratório explodiram em 2006, quando milhões de pessoas protestaram por um projeto contrário à reforma, que estava sendo preparado no Congresso. O diretor da organização Mi Familia Vota, Ben Monterroso, considerou que, na época, houve grandes marchas porque não havia outras formas de participar.

Desde então, o movimento migratório, integrado por dezenas de organizações espalhadas por todo o país, concentraram-se em ações menos visíveis, porém mais eficientes. Com essa nova estratégia, constituiu-se uma imensa força mobilizadora nas redes sociais e durante as eleições.

Essas organizações tiveram um grande peso, por exemplo, na vitória do presidente Barack Obama em novembro passado. Uma das promessas de campanha de seu segundo mandato é, justamente, a reforma migratória.

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