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América Latina pode acabar com epidemia de Aids em 2030

Cerca de 1,6 milhão de pessoas vive com HIV na região, que em 2013 registrou 94.000 novas infecções e 47.000 mortes de causas relacionadas com a doença

Núñez: "Em todos os países da América Latina há vácuo, existem brechas na resposta à doença" (AFP)
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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 17h48.

A epidemia de Aids pode ser erradicada na América Latina por volta de 2030 se os governos fizerem maiores esforços econômicos para combater a doença, assegurou nesta sexta-feira, no Panamá, uma fonte das Nações Unidas.

"Por fim à epidemia de Aids na América Latina não é mais um sonho, pode virar realidade em 2030 se for acelerada a resposta dos países nos próximos 5 anos", disse, em entrevista à AFP, César Núñez, diretor da OnuAids para a América Latina e o Caribe.

No entanto, Núñez esclareceu que o que se espera para 2030 é acabar com a Aids "como epidemia e ameaça à saúde pública, não como doença".

Cerca de 1,6 milhão de pessoas vive com HIV, vírus causador da Aids, na região, que em 2013 registrou 94.000 novas infecções e 47.000 mortes de causas relacionadas com a doença.

Segundo Núñez, se os países da região "assumem o compromisso com muito maior intensidade" e investem mais recursos para facilitar o acesso a medicamentos e a exames modernos para o diagnóstico precoce do HIV, em 2030 haveria apenas 28.000 novas infecções, 70% a menos do que atualmente.

Países de renda alta e média, como Brasil, Chile, México, Argentina, Colômbia e Uruguai financiam quase exclusivamente com recursos nacionais o combate à doença.

Ao contrário, países com rendimentos baixos e medianos, como Bolívia, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Paraguai, dependem de recursos de doadores para financiar um terço ou mais de suas respostas ao HIV.

"Em todos os países da América Latina há vácuo, existem brechas na resposta à doença", apesar de que há mais contribuição dos governos, mas "não é suficiente", disse Núñez.

Com um aumento dos investimentos, segundo Núñez, no ano 2020, 90% das pessoas com HIV saberiam que são portadoras do vírus contra os 50% atuais e 90% delas teriam acesso a anti-retrovirais, contra 47% agora, o que reduziria drasticamente os contágios.

Embora Núñez não tenha especificado valores para a região, um informe recente da ONUAids estabeleceu que caso se queira acabar com a epidemia em 15 anos em todo o mundo, os países de baixa renda precisarão de US$ 9,7 bilhões até 2020.

Os de renda média e baixa, por sua vez, precisarão de US$ 8,7 bilhões.

Em nível global, em 2013, houve 2,1 milhões de novas infecções por HIV, cifra que a ONUAids quer reduzir para 500.000 em 2020 e para 200.000 em 2030.

No total, 35 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo, um vírus que causou 1,5 milhão de mortes em 2013.

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A epidemia de Aids pode ser erradicada na América Latina por volta de 2030 se os governos fizerem maiores esforços econômicos para combater a doença, assegurou nesta sexta-feira, no Panamá, uma fonte das Nações Unidas.

"Por fim à epidemia de Aids na América Latina não é mais um sonho, pode virar realidade em 2030 se for acelerada a resposta dos países nos próximos 5 anos", disse, em entrevista à AFP, César Núñez, diretor da OnuAids para a América Latina e o Caribe.

No entanto, Núñez esclareceu que o que se espera para 2030 é acabar com a Aids "como epidemia e ameaça à saúde pública, não como doença".

Cerca de 1,6 milhão de pessoas vive com HIV, vírus causador da Aids, na região, que em 2013 registrou 94.000 novas infecções e 47.000 mortes de causas relacionadas com a doença.

Segundo Núñez, se os países da região "assumem o compromisso com muito maior intensidade" e investem mais recursos para facilitar o acesso a medicamentos e a exames modernos para o diagnóstico precoce do HIV, em 2030 haveria apenas 28.000 novas infecções, 70% a menos do que atualmente.

Países de renda alta e média, como Brasil, Chile, México, Argentina, Colômbia e Uruguai financiam quase exclusivamente com recursos nacionais o combate à doença.

Ao contrário, países com rendimentos baixos e medianos, como Bolívia, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Paraguai, dependem de recursos de doadores para financiar um terço ou mais de suas respostas ao HIV.

"Em todos os países da América Latina há vácuo, existem brechas na resposta à doença", apesar de que há mais contribuição dos governos, mas "não é suficiente", disse Núñez.

Com um aumento dos investimentos, segundo Núñez, no ano 2020, 90% das pessoas com HIV saberiam que são portadoras do vírus contra os 50% atuais e 90% delas teriam acesso a anti-retrovirais, contra 47% agora, o que reduziria drasticamente os contágios.

Embora Núñez não tenha especificado valores para a região, um informe recente da ONUAids estabeleceu que caso se queira acabar com a epidemia em 15 anos em todo o mundo, os países de baixa renda precisarão de US$ 9,7 bilhões até 2020.

Os de renda média e baixa, por sua vez, precisarão de US$ 8,7 bilhões.

Em nível global, em 2013, houve 2,1 milhões de novas infecções por HIV, cifra que a ONUAids quer reduzir para 500.000 em 2020 e para 200.000 em 2030.

No total, 35 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo, um vírus que causou 1,5 milhão de mortes em 2013.

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