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Ameaça de bomba abala Sri Lanka em meio a investigação sobre ataque

Dois suspeitos foram detidos nesta quinta-feira durante a investigação do atentado que deixou mais de 300 mortos no Sri Lanka

Sri Lanka: 500 pessoas ficaram feridas nos ataques a três igrejas e quatro hotéis (Athit Perawongmetha/Reuters)

Sri Lanka: 500 pessoas ficaram feridas nos ataques a três igrejas e quatro hotéis (Athit Perawongmetha/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de abril de 2019 às 10h51.

Colombo —  As autoridades do Sri Lanka isolaram o banco central do país, e a principal via que leva ao aeroporto da capital foi fechada brevemente devido a uma ameaça de bomba, nesta quinta-feira, quando mais pessoas foram detidas na busca pelos responsáveis pelo ataque com bombas que mataram 359 pessoas no domingo de Páscoa.

Dois funcionários do banco central disseram à Reuters que a rua diante do edifício, próxima do World Trade Center da capital Colombo, foi interditada para o tráfego antes de o alerta de segurança ser suspenso.

Sublinhando o clima de nervosismo na nação do oceano Índico, as autoridades também interditaram a via de acesso ao principal aeroporto de Colombo depois que um veículo suspeito foi identificado em um estacionamento próximo. A estrada foi reaberta quando o alerta foi declarado um alarme falso.

Um porta-voz da polícia também disse que houve uma explosão ainda sem explicação em uma cidade a leste da capital, mas que não houve vítimas. Não foi uma detonação controlada, como outras dos últimos dias, e está sendo investigada, disse.

Mais pessoas, inclusive estrangeiras, foram detidas para questionamento de madrugada, e autoridades locais e internacionais investigaram mais a fundo as explosões, que podem ter sido a ação mais letal reivindicada pelo Estado Islâmico.

Cerca de 500 pessoas também ficaram feridas nos ataques a três igrejas e quatro hotéis.

A polícia disse que um egípcio e vários paquistaneses estão entre as pessoas detidas de madrugada, mas que não havia indícios imediatos de que têm relação direta com os ataques.

Aos poucos surgiu um quadro de um grupo de nove suicidas islâmicos locais instruídos, incluindo uma mulher, que realizaram os ataques na nação sul-asiática.

Mas as autoridades também concentraram suas investigações em elos internacionais com dois grupos islâmicos domésticos, Thawheed Jama'ut Nacional e Jammiyathul Millathu Ibrahim, que acreditam estar por trás das ações.

O Estado Islâmico não deu informações concretas para sustentar sua reivindicação de autoria. Na terça-feira, o grupo publicou um vídeo que mostrou oito homens, sete deles com os rostos cobertos, diante de uma bandeira negra do Estado Islâmico declarando lealdade ao seu líder, Abu Bakr Al-Baghdadi.

O homem de rosto descoberto foi identificado como Mohamed Zahran, pregador do leste do Sri Lanka conhecido por sua postura militante que autoridades acreditam ter sido o mentor do ataque.

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