Almagro toma posse como novo secretário-geral da OEA
O ex-chanceler uruguaio substitui o chileno José Miguel Insulza, que esteve no cargo por 10 anos, marcados por profunda divisão interna que dificultou consensos
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2015 às 14h15.
Washington - O ex-ministro das Relações do Uruguai Luis Almagro tomará posse nesta terça-feira como secretário-geral da Organização dos Estados Americanos ( OEA ) com o objetivo de renovar o órgão, superar divisões internas e reintegrar Cuba.
Almagro assumirá suas novas funções em reunião protocolar do Conselho Permanente da OEA, em sua sede de Washington, com a presença de embaixadores e representantes dos 34 países-membros da entidade, todos do continente exceto Cuba.
O ex-chanceler uruguaio substitui no cargo o chileno José Miguel Insulza, que esteve à frente do organismo durante uma década, período marcado por uma profunda divisão interna que dificultou os consensos. Além disso, houve o golpe de Estado em Honduras de 2009, o fim da suspensão de Cuba neste ano, a crise política da Venezuela e o avanço nas políticas de combate às drogas.
O veterano diplomata de esquerda foi o único a se candidatar para substituir Insulza e recebeu o apoio de todos os membros, salvo uma única abstenção. Não se sabe qual país optou em se abster porque a votação foi secreta.
Aprovado por sua gestão como chanceler no governo de José Mujica (2010-2015), Almagro procura renovar uma OEA questionada pelos próprios países que a integram e que sofre um problema crônico de falta de recursos pelo atraso no pagamento das cotas.
O ex-ministro uruguaio chega ao órgão em um momento de profunda divisão entre seus membros sobre o papel da OEA, debilitada e em crise em um contexto de fortalecimento de alianças regionais, como a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
Almagro tem se mostrado disposto a ouvir os pedidos de mudança e liderar a modernização da entidade que, como disse durante a campanha, deve "deixar para trás a Guerra Fria na qual foi criada e funcionar como um ente do século XXI".
A OEA tem como desafio reivindicar seu papel como o único órgão que reúne todo o continente. Seus defensores argumentam que nenhuma das outras alianças tem o corpo jurídico, a estrutura e os problemas da OEA, por isso, jamais serão capazes de ocupar seu lugar.
Almagro, que anunciou que não tentará a reeleição, tem cinco anos de mandato para resolver os problemas de credibilidade e finanças do órgão, um trabalho que pode ter sucesso se conseguir convencer Cuba a se reintegrar como um membro ativo da entidade.
Washington - O ex-ministro das Relações do Uruguai Luis Almagro tomará posse nesta terça-feira como secretário-geral da Organização dos Estados Americanos ( OEA ) com o objetivo de renovar o órgão, superar divisões internas e reintegrar Cuba.
Almagro assumirá suas novas funções em reunião protocolar do Conselho Permanente da OEA, em sua sede de Washington, com a presença de embaixadores e representantes dos 34 países-membros da entidade, todos do continente exceto Cuba.
O ex-chanceler uruguaio substitui no cargo o chileno José Miguel Insulza, que esteve à frente do organismo durante uma década, período marcado por uma profunda divisão interna que dificultou os consensos. Além disso, houve o golpe de Estado em Honduras de 2009, o fim da suspensão de Cuba neste ano, a crise política da Venezuela e o avanço nas políticas de combate às drogas.
O veterano diplomata de esquerda foi o único a se candidatar para substituir Insulza e recebeu o apoio de todos os membros, salvo uma única abstenção. Não se sabe qual país optou em se abster porque a votação foi secreta.
Aprovado por sua gestão como chanceler no governo de José Mujica (2010-2015), Almagro procura renovar uma OEA questionada pelos próprios países que a integram e que sofre um problema crônico de falta de recursos pelo atraso no pagamento das cotas.
O ex-ministro uruguaio chega ao órgão em um momento de profunda divisão entre seus membros sobre o papel da OEA, debilitada e em crise em um contexto de fortalecimento de alianças regionais, como a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
Almagro tem se mostrado disposto a ouvir os pedidos de mudança e liderar a modernização da entidade que, como disse durante a campanha, deve "deixar para trás a Guerra Fria na qual foi criada e funcionar como um ente do século XXI".
A OEA tem como desafio reivindicar seu papel como o único órgão que reúne todo o continente. Seus defensores argumentam que nenhuma das outras alianças tem o corpo jurídico, a estrutura e os problemas da OEA, por isso, jamais serão capazes de ocupar seu lugar.
Almagro, que anunciou que não tentará a reeleição, tem cinco anos de mandato para resolver os problemas de credibilidade e finanças do órgão, um trabalho que pode ter sucesso se conseguir convencer Cuba a se reintegrar como um membro ativo da entidade.