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Alemanha suspende importante gasoduto que liga o país à Rússia

A medida é uma resposta à decisão do governo russo de reconhecer a independência de regiões rebeldes no leste da Ucrânia

Olaf Scholz, chanceler da Alemanha (Michael Sohn/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de fevereiro de 2022 às 09h31.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2022 às 11h08.

O chanceler da Alemanha , Olaf Scholz, anunciou, nesta terça-feira, 22, que decidiu suspender a certificação do gasoduto Nord Stream 2, que liga o país à Rússia . A medida é uma resposta à decisão do governo russo de reconhecer a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia.

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Em discurso em Berlim, Scholz informou que instruiu o Ministério de Questões Econômicas e Ação Climática alemão a cancelar um relatório sobre a segurança de oferta energética nacional que havia enviado a reguladores. "Sem essa certificação, o gasoduto não pode entrar em operação", explicou.

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O chanceler acrescentou que a União Europeia estuda sanções conjuntas contra a Rússia e que a situação atual "é fundamentalmente diferente" do que há alguns dias. "É por isso que devemos reavaliar esta situação tendo em conta os últimos desdobramentos. Isso inclui o Nord Stream 2", pontuou.

Controlado pela estatal russa Gazprom, o gasoduto provocou divergências entre Alemanha e Estados Unidos, que encara o projeto como um instrumento geopolítico do Kremlin para controlar os fornecimento de gás na Europa.

EUA

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou, nesta terça-feira, 22, que os Estados Unidos saúdam a decisão da Alemanha de suspender a certificação do gasoduto russo-germânico Nord Stream 2, após a Rússia anunciar o reconhecimento das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, no Leste da Ucrânia.

Em publicação no Twitter, a porta-voz reiterou que o país já havia avisado ao Kremlin que agiria para paralisar o projeto e disse que, nas últimas horas, manteve consultas com os alemães sobre a questão. "Seguiremos com nossas próprias medidas hoje", disse.

Controlado pela estatal russa Gazprom, o gasoduto provocou divergências entre Alemanha e EUA desde a concepção, porque Washington encara o projeto como um instrumento geopolítico de Moscou para controlar os fornecimento de gás na Europa.

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