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Alemanha quer impor presença de mulheres na diretoria das grandes empresas

De acordo com projeto de lei ao menos uma mulher terá que integrar os conselhos de administração das empresas alemãs com mais de três administradores

Alemanha: um estudo recente da fundação Allbright mostrou que as mulheres representam apenas 12,8% dos membros das diretorias das 30 empresas cotadas no índice Dax da Bolsa de Frankfurt (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 6 de janeiro de 2021 às 10h05.

Última atualização em 6 de janeiro de 2021 às 11h37.

A Alemanha vai impor a presença de mulheres nos conselhos de administração das grandes empresas que são cotadas na Bolsa , segundo um projeto de lei apresentado nesta quarta-feira pelo governo da maior economia da Europa.

De acordo com o texto, que ainda não foi aprovado pelos deputados, ao menos uma mulher terá que integrar os conselhos de administração das empresas alemãs com mais de três administradores.

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A nomeação de mulheres também será obrigatória nos conselhos de administração das empresas que têm o Estado como acionista e nos organismos públicos.

"Podemos mostrar que a Alemanha está no caminho de virar uma sociedade moderna, que promove o futuro", declarou a ministra da Família, a social-democrata Franziska Giffey, que apresentou o texto ao lado da ministra da Justiça.

Esta última, a também social-democrata Christine Lambrecht, elogiou um "sinal importante para as mulheres altamente qualificadas" e pediu às empresas que "utilizem a oportunidade" oferecida por esta cota para aumentar a presença feminina nos postos de comando.

Um estudo recente da fundação Allbright mostrou que as mulheres representam apenas 12,8% dos membros das diretorias das 30 empresas cotadas no índice Dax da Bolsa de Frankfurt.

Quando considerados os 30 maiores grupos de cada país, este percentual alcança 28,6% nos Estados Unidos, 24,9% na Suécia, 24,5% no Reino Unido e 22,2% na França, de acordo com o estudo.

O projeto de lei, que deve ser votado até o fim do mandato da atual legislatura, em setembro, é apoiado pela chanceler Angela Merkel, mas encontrou resistências dentro de seu partido, a conservadora União Democrata Cristã (CDU), que governa o país em aliança com os social-democratas do SPD.

Também é criticado por parte do empresariado que denuncia uma interferência na direção das empresas.

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