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Alemanha promete apoiar acordo UE-Mercosul

O presidente do gigante de buscas no Brasil fala sobre o crescimento no país, a altíssima concorrência por uma vaga na companhia e os planos para 2012

Dilma Rousseff, presidente do Brasil, e Angela Merckel, premiê da Alemanha (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 20h11.

Brasília - O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, afirmou nesta segunda-feira que o país irá "contribuir com todo seu peso" para o sucesso do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.

"Não será fácil, mas é possível", afirmou em declaração a jornalistas no fim de uma reunião com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, em Brasília.

Mais cedo, em palestra na Confederação Nacional da Indústria (CNI), o ministro alemão disse que a zona do euro trabalha para fechar as bases de um acordo de livre comércio até 2013 com o Mercosul, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Desde 1999, os dois blocos discutem os moldes para um acordo de livre comércio. As negociações chegaram a ser suspensas em 2004 e foram retomadas em 2010.

Nesta segunda-feira, Westerwelle reconheceu que as dificuldades econômicas mundiais, em especial na Europa, estimulam práticas como o protecionismo, que dificulta o avanço das conversas. Ele atribuiu o sucesso econômico atual da Alemanha à opção, em décadas passadas, por acordos de livre comércio.

"Um motivo pelo enorme êxito econômico da Alemanha reside na nossa abertura, na nossa interconexão global e, por isso, nós, alemães, vamos promover, não só apoiar, essas negociações entre a UE e o Mercosul", afirmou ele.


O Brasil assume a Presidência do Mercosul no segundo semestre deste ano e, segundo Patriota, irá focar na conclusão de um acordo comum. Por isso, o chanceler brasileiro tem conversado sobre um acordo com outras lideranças europeias.

Na semana passada, Patriota se reuniu em Brasília com a alta representante para Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia, Catherine Ashton. Ambos se mostraram otimistas em fechar um acordo ainda em 2012.

Grécia

Guido Westerwelle elogiou os ajustes econômicos na Grécia e disse que a Alemanha continuará a ser "solidária", mas que os países que recebem ajuda precisam fazer "o dever de casa".

Perguntado sobre a possibilidade de a Grécia deixar a zona do euro, Westerwelle disse que a Alemanha e a Europa têm uma "grande determinação" para manter a região unida. "Apostamos que todos que estão na União Europeia continuarão a bordo", disse.

O Parlamento da Grécia aprovou um impopular projeto de austeridade para garantir um segundo resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional e evitar um calote catastrófico.

O ministro alemão também se mostrou positivo sobre o futuro da Alemanha e mandou um recado para os que apostam na piora da situação econômica do bloco europeu:

"Todos que pensam que a Europa não vai dar conta do recado estão enganados. A Europa é um continente exitoso, de confiança, e será um parceiro justo para a América Latina", disse.

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Brasília - O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, afirmou nesta segunda-feira que o país irá "contribuir com todo seu peso" para o sucesso do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.

"Não será fácil, mas é possível", afirmou em declaração a jornalistas no fim de uma reunião com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, em Brasília.

Mais cedo, em palestra na Confederação Nacional da Indústria (CNI), o ministro alemão disse que a zona do euro trabalha para fechar as bases de um acordo de livre comércio até 2013 com o Mercosul, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Desde 1999, os dois blocos discutem os moldes para um acordo de livre comércio. As negociações chegaram a ser suspensas em 2004 e foram retomadas em 2010.

Nesta segunda-feira, Westerwelle reconheceu que as dificuldades econômicas mundiais, em especial na Europa, estimulam práticas como o protecionismo, que dificulta o avanço das conversas. Ele atribuiu o sucesso econômico atual da Alemanha à opção, em décadas passadas, por acordos de livre comércio.

"Um motivo pelo enorme êxito econômico da Alemanha reside na nossa abertura, na nossa interconexão global e, por isso, nós, alemães, vamos promover, não só apoiar, essas negociações entre a UE e o Mercosul", afirmou ele.


O Brasil assume a Presidência do Mercosul no segundo semestre deste ano e, segundo Patriota, irá focar na conclusão de um acordo comum. Por isso, o chanceler brasileiro tem conversado sobre um acordo com outras lideranças europeias.

Na semana passada, Patriota se reuniu em Brasília com a alta representante para Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia, Catherine Ashton. Ambos se mostraram otimistas em fechar um acordo ainda em 2012.

Grécia

Guido Westerwelle elogiou os ajustes econômicos na Grécia e disse que a Alemanha continuará a ser "solidária", mas que os países que recebem ajuda precisam fazer "o dever de casa".

Perguntado sobre a possibilidade de a Grécia deixar a zona do euro, Westerwelle disse que a Alemanha e a Europa têm uma "grande determinação" para manter a região unida. "Apostamos que todos que estão na União Europeia continuarão a bordo", disse.

O Parlamento da Grécia aprovou um impopular projeto de austeridade para garantir um segundo resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional e evitar um calote catastrófico.

O ministro alemão também se mostrou positivo sobre o futuro da Alemanha e mandou um recado para os que apostam na piora da situação econômica do bloco europeu:

"Todos que pensam que a Europa não vai dar conta do recado estão enganados. A Europa é um continente exitoso, de confiança, e será um parceiro justo para a América Latina", disse.

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