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Alemanha denuncia declarações racistas de partido nacionalista

Um dos dois líderes do movimento anti-imigratório e anti-islã pediu para a alemanha "se livrar" de uma autoridade do governo de origem turca

AfD: autoridades alemãs veem as palavras do partido como "inaceitáveis" e acusam os seguidores de aludir ao Terceiro Reich (Fabrizio Bensch/Reuters)
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AFP

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 12h33.

O chefe da diplomacia alemã denunciou nesta segunda-feira as declarações de um líder do partido de direita nacionalista AfD, que pediu para "se livrar" de uma autoridade do governo de origem turca, chamando-as de "inaceitáveis" e de aludir ao Terceiro Reich.

As palavras de Alexander Gauland, um dos dois líderes do movimento anti-imigratório e anti-islã para as eleições legislativas de 24 de setembro, "recordam as piores lembranças deixadas pelo nosso país" na história, declarou o ministro das Relações Exteriores, Sigmar Gabriel, citado por um de seus porta-vozes, Rainer Breul.

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"Estes são erros verbais muito sérios, que não passam despercebidos na esfera internacional e são inaceitáveis ​​para nós democratas", acrescentou.

Durante um comício de campanha no final de semana em Eichsfeld, na Turíngia (leste), onde o AfD registra seus melhores resultados, Gauland criticou as declarações da secretária alemã para a Integração, Aydan Özoguz, que recentemente rejeitou a ideia da existência na Alemanha de uma "cultura de referência" que deva ser adotada pelos imigrantes.

"É uma germano-turca que o diz. Só temos que convidá-la para Eichsfeld e mostrar-lhe o que tem de especial na cultura alemã", lançou Gauland a seus seguidores, "então não voltará mais aqui e, graças a Deus, poderemos nos livrar dela em Anatólia".

A direita populista do AfD e também, em menor grau, a direita moderada do partido da chanceler Angela Merkel fizeram da "cultura de referência" alemã a ser respeitada pelos imigrantes um tema de campanha, em um contexto de chegada de milhares de demandantes de asilo em território alemão.

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