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Alemanha aprova legalização do casamento LGBT no país

A três meses das eleições gerais, a iniciativa de aprovar a união de pessoas do mesmo sexo foi apoiada por 393 deputados e recebeu 226 votos contrários

Legalização: o projeto foi impulsionado pelos social-democratas (./Getty Images)
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EFE

Publicado em 30 de junho de 2017 às 06h50.

Berlim - O plenário do Bundestag, a câmara dos deputados da Alemanha , aprovou nesta sexta-feira a legalização do casamento homossexual no país, um projeto impulsionado pelos social-democratas, rompendo o acordo de coalizão com os conservadores da chanceler Angela Merkel.

A três meses das eleições gerais, a iniciativa foi apoiada por 393 deputados, recebeu 226 votos contrários e quatro abstenções.

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O projeto recebeu apoio dos deputados do Partido Social Democrata (SPD, sigla em alemão), da Esquerda e dos Verdes, além de integrantes da União Democrata-Cristã (CDU), partido de Merkel, que liberou o voto de seu legisladores.

A chanceler foi uma das primeiras a depositar seu voto na urna colocada no centro do auditório do plenário e escolheu o cartão vermelho, que representava o "não" à legalização do casamento entre homossexuais.

O porta-voz social-democrata, Thomas Oppermann, defendeu o passo dado por seu partido, que forçou a discussão desta iniciativa antes do término da legislatura, recuperando um projeto de lei de 2015 que já tinha passado pelo Bundesrat, a câmara alta, e que estava estacionado no Bundestag.

Em nome da União Democrata-Cristã, o líder do grupo parlamentar, Volker Kauder, se transformou em porta-voz dos que defendem que "o casamento é a união entre um homem e uma mulher", mas disse respeitar seus companheiros que têm uma opinião diferente.

"Eu pessoalmente nunca colocarei minha assinatura em algo que represente o casamento para todos, por motivos de consciência", declarou Kauder, que expressou dúvidas sobre a constitucionalidade da lei ao entender que a concepção cristã do casamento está protegida na lei fundamental alemã.

Dentro do mesmo partido, o deputado Khan Marco Luczak defendeu o "sim" ao projeto ao lembrar que o respeito, o amor e a convivência são valores tradicionais que devem ser defendidos pelos conservadores.

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