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AIEA diz que Japão subestimou risco de tsunami na usina nuclear de Fukushima

Analistas da agência permaneceram no país de 24 de maio a 2 de junho

A central de Fukushima estava preparada para resistir às ondas de 5,7 metros, mas um tsumani de 14 metros atingiu a planta, deixando sem refrigeração os seis reatores (AFP)
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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 13h53.

Viena - O regulador nuclear japonês subestimou o risco de tsunami na usina nuclear de Fukushima e não protegeu de forma adequada, aponta relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) publicado nesta segunda-feira em Viena.

Em um documento de 167 páginas elaborado por uma equipe de 18 especialistas liderados pelo britânico Michael Weightman estão estabelecidas várias deficiências na gestão da crise por parte das autoridades nucleares japonesas. Os analistas permaneceram no país de 24 de maio a 2 de junho.

A central de Fukushima estava preparada para resistir às ondas de 5,7 metros, mas em 11 de março um tsumani de 14 metros atingiu a planta, deixando sem refrigeração os seis reatores, o que desencadeou o maior acidente nuclear dos últimos 25 anos.

As medidas de proteção adicionais recomendadas como resultado de uma avaliação em 2002, como aumento da altura das proteções contra tsunamis, não foram suficientes, indicaram os especialistas.

Por isso pediram a revisão de algumas normas do regulador japonês para refletir "a experiência e os dados obtidos durante o grande terremoto do leste do Japão e o posterior tsunami".

Outra crítica, desta vez sobre a gestão do desastre, indica que apesar de contar com as equipes especializadas bem organizadas, "as complicadas estruturas e organizações podem levar a atrasos na hora de tomar decisões urgentes".

A AIEA recomenda contar com equipes móveis de emergência para substituir com rapidez uma possível queda dos sistemas de alimentação elétrica das plantas em caso de um desastre natural.

Em Fukushima, além do abastecimento elétrico, o tsunami destruiu o sistema alternativo de energia com geradores propulsados por motores a diesel para situações de emergência.

Consta ainda a necessidade de revisar o procedimento japonês para acidente nuclear grave, já que este se baseia na hipótese de que o abastecimento elétrico continue disponível após um percalço, o que não ocorreu em Fukushima.

O relatório foi divulgado na abertura da conferência ministerial sobre segurança nuclear, após o acidente de Fukushima, e na qual o diretor da AIEA propôs uma bateria de medidas para fortalecer a segurança nas usinas atômicas.

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Viena - O regulador nuclear japonês subestimou o risco de tsunami na usina nuclear de Fukushima e não protegeu de forma adequada, aponta relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) publicado nesta segunda-feira em Viena.

Em um documento de 167 páginas elaborado por uma equipe de 18 especialistas liderados pelo britânico Michael Weightman estão estabelecidas várias deficiências na gestão da crise por parte das autoridades nucleares japonesas. Os analistas permaneceram no país de 24 de maio a 2 de junho.

A central de Fukushima estava preparada para resistir às ondas de 5,7 metros, mas em 11 de março um tsumani de 14 metros atingiu a planta, deixando sem refrigeração os seis reatores, o que desencadeou o maior acidente nuclear dos últimos 25 anos.

As medidas de proteção adicionais recomendadas como resultado de uma avaliação em 2002, como aumento da altura das proteções contra tsunamis, não foram suficientes, indicaram os especialistas.

Por isso pediram a revisão de algumas normas do regulador japonês para refletir "a experiência e os dados obtidos durante o grande terremoto do leste do Japão e o posterior tsunami".

Outra crítica, desta vez sobre a gestão do desastre, indica que apesar de contar com as equipes especializadas bem organizadas, "as complicadas estruturas e organizações podem levar a atrasos na hora de tomar decisões urgentes".

A AIEA recomenda contar com equipes móveis de emergência para substituir com rapidez uma possível queda dos sistemas de alimentação elétrica das plantas em caso de um desastre natural.

Em Fukushima, além do abastecimento elétrico, o tsunami destruiu o sistema alternativo de energia com geradores propulsados por motores a diesel para situações de emergência.

Consta ainda a necessidade de revisar o procedimento japonês para acidente nuclear grave, já que este se baseia na hipótese de que o abastecimento elétrico continue disponível após um percalço, o que não ocorreu em Fukushima.

O relatório foi divulgado na abertura da conferência ministerial sobre segurança nuclear, após o acidente de Fukushima, e na qual o diretor da AIEA propôs uma bateria de medidas para fortalecer a segurança nas usinas atômicas.

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