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AI diz que torturas dos EUA refletem impunidade de violações

ONG afirma que apesar das provas que durante anos foram publicadas, ninguém foi processado por autorizar ou perpetrar estas torturas

Sede da CIA em Langley, Virginia: relatório divulgado assinala que a agência realizou interrogatórios "mais brutais" do que havia admitido (Saul Loeb/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 08h27.

Londres - A organização Anistia Internacional (AI) afirmou que as torturas praticadas pela CIA após os atentados de 2001 evidenciam a impunidade das violações dos direitos humanos em nome da "segurança nacional".

Em comunicado, a ONG afirma nesta quarta-feira que apesar das provas que durante anos foram publicadas, ninguém foi processado por autorizar ou perpetrar estas torturas.

Um relatório divulgado ontem pela Comissão de Inteligência do Senado dos Estados Unidos assinala que a Agência Nacional de Inteligência (CIA) realizou interrogatórios "mais brutais" do que admitiu após os atentados de 11 de setembro de 2001 nesse país.

A AI afirma que o documento do Senado facilita informação sobre os efeitos das técnicas dos interrogatórios e as condições de detenção dos acusados, como paranoia ou insônia.

"Apesar das muitas provas que foram publicadas durante anos, ninguém foi levado perante a Justiça por autorizar ou perpetrar atos nos programas da CIA", assinalou a diretora para América da AI, Erika Guevara Rosas.

A organização, com sede em Londres, acrescenta que o acesso à Justiça por parte dos que foram vítimas dos abusos foi bloqueado de maneira sistemática pelas autoridades dos EUA, inclusive sob o argumento de que se tratava de um segredo de Estado.

A informação revelada, embora limitada, "lembra ao mundo o fracasso total dos Estados Unidos para pôr fim à impunidade desfrutada pelos que autorizaram ou utilizaram a tortura ou os maus tratos. Isto é uma chamada de atenção para os EUA, que devem revelar a verdade sobre as violações", acrescenta Guevara Rosas.

Os métodos utilizados, ressalta a AI, constituem torturas em virtude do direito internacional.

A AI solicita a publicação do relatório completo, já que o divulgado ontem contém uma parte do total de 6.600 páginas elaboradas pelo Senado após cinco anos de investigações.

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Londres - A organização Anistia Internacional (AI) afirmou que as torturas praticadas pela CIA após os atentados de 2001 evidenciam a impunidade das violações dos direitos humanos em nome da "segurança nacional".

Em comunicado, a ONG afirma nesta quarta-feira que apesar das provas que durante anos foram publicadas, ninguém foi processado por autorizar ou perpetrar estas torturas.

Um relatório divulgado ontem pela Comissão de Inteligência do Senado dos Estados Unidos assinala que a Agência Nacional de Inteligência (CIA) realizou interrogatórios "mais brutais" do que admitiu após os atentados de 11 de setembro de 2001 nesse país.

A AI afirma que o documento do Senado facilita informação sobre os efeitos das técnicas dos interrogatórios e as condições de detenção dos acusados, como paranoia ou insônia.

"Apesar das muitas provas que foram publicadas durante anos, ninguém foi levado perante a Justiça por autorizar ou perpetrar atos nos programas da CIA", assinalou a diretora para América da AI, Erika Guevara Rosas.

A organização, com sede em Londres, acrescenta que o acesso à Justiça por parte dos que foram vítimas dos abusos foi bloqueado de maneira sistemática pelas autoridades dos EUA, inclusive sob o argumento de que se tratava de um segredo de Estado.

A informação revelada, embora limitada, "lembra ao mundo o fracasso total dos Estados Unidos para pôr fim à impunidade desfrutada pelos que autorizaram ou utilizaram a tortura ou os maus tratos. Isto é uma chamada de atenção para os EUA, que devem revelar a verdade sobre as violações", acrescenta Guevara Rosas.

Os métodos utilizados, ressalta a AI, constituem torturas em virtude do direito internacional.

A AI solicita a publicação do relatório completo, já que o divulgado ontem contém uma parte do total de 6.600 páginas elaboradas pelo Senado após cinco anos de investigações.

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