Ahmadinejad: ninguém sabe os autores do 11/9
Presidente iraniano disse lamentar que principais responsáveis não foram identificados e criticou as intervenções militares dos EUA
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2010 às 12h04.
Doha, Qatar - O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad lamentou que "ninguém saiba ainda quem foram os principais autores" dos atentados de 11 de setembro de 2001, considerando que os Estados Unidos os usaram como um pretexto para posteriormente atacar Afeganistão e Iraque.
"Algo aconteceu em Nova York e ninguém ainda sabe quais foram os principais autores do ocorrido", disse o presidente iraniano na noite de domingo durante uma breve visita a Doha.
"Ninguém foi autorizado a (...) realizar a identificação de modo independente dos autores", acrescentou.
"Dizem que os terroristas estavam escondidos no Afeganistão. A Otan mobilizou todos os seus recursos e atacou o Afeganistão", acrescentou.
"Dizem que nas Torres Gêmeas mataram 2.000 pessoas. No Afeganistão, mais de 110.000 pessoas foram mortas", prosseguiu.
O presidente ultraconservador iraniano questionou em várias oportunidades o fato de membros da Al-Qaeda terem praticado os atentados de 11 de setembro de 2001, que deixaram cerca de 3.000 mortos nos Estados Unidos.
Em abril, Ahmadinejad pediu ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que investigasse de forma "independente" e "exaustiva os verdadeiros fatores do 11 de setembro".
Em março, ele tinha classificado os atentados de "grande mentira que abriu caminho para a invasão do Afeganistão". Os ataques aéreos contra as Torres Gêmeas do World Trade Center de Nova York foram "um roteiro e uma ação complexa dos serviços secretos", considerou.
A tensão entre o Irã, acusado pelas potências ocidentais, em particular pelos Estados Unidos, de querer desenvolver um programa nuclear militar utilizando como pretexto um programa nuclear civil, tem aumentado nos últimos anos, embora Teerã negue categoricamente que queira fabricar bombas atômicas.
O Conselho de Segurança da ONU adotou seis resoluções contra o Irã, quatro delas acompanhadas de sanções por Teerã ter se negado a suspender o enriquecimento de urânio.
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