Agências humanitárias enfrentam violência no Sudão do Sul
Número de incidentes que dificultam o trabalho das agências humanitárias no país saltou quase 50 por cento no ano passado
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2013 às 15h29.
As agências humanitárias que trabalham no Sudão do Sul, um dos países mais pobres do mundo, estão sob ameaça constante de membros dos serviços de segurança que os espancam ou os prendem ou confiscam seus equipamentos, afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira.
O Sudão do Sul tem lutado para reformular seus serviços de segurança desde que se separou do Sudão em 2011, após uma longa guerra civil que o deixou repleto de armas.
Grupos de direitos humanos regularmente acusam o exército do Sudão do Sul, uma combinação de ex-guerrilheiros mal treinados conhecidos como SPLA, de abusos contra civis.
Vincent Lelei, chefe no país do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, disse que o número de incidentes que dificultam o trabalho das agências humanitárias saltou quase 50 por cento no ano passado.
O Sudão do Sul está no último lugar de quase todos os índices de desenvolvimento e seu governo depende muito das Nações Unidas e de outras agências humanitárias para fornecer cuidados de saúde, alimentação, educação e infraestrutura.
"Recebemos pelo menos 61 relatos de trabalhadores humanitários que foram espancados enquanto faziam seu trabalho, muitos deles por forças de segurança do Estado", afirmou Lelei à Reuters em uma entrevista.
Ele contou que 78 trabalhadores humanitários foram arbitrariamente detidos, e em seguida, liberados, em 2012, e que 79 veículos foram apreendidos pelo exército ou outros grupos armados.
Além disso, a burocracia impede o trabalho diário das agências e atrasa vistos e autorizações de trabalho, afirmou Lelei.
De acordo com um relatório do secretário-geral da ONU, homens armados em uniformes militares também ocuparam e saquearam escolas.
Peter Lam Both, presidente da Comissão de Alívio e Reabilitação do governo, disse que o Sudão do Sul era um país novo e "as pessoas não são bem versadas em como conduzir os negócios de forma que a comunidade internacional ou eu iríamos entender".
Ele afirmou que o governo estava trabalhando em um projeto de lei para reger o setor de ajuda e tentando informar sobre a proteção legal existente para os trabalhadores humanitários.
O Sudão do Sul tem uma expectativa média de vida de apenas 42 anos e somente um quarto dos adultos sabem ler.
Em 2012, o país recebeu assistência humanitária no valor de mais de 700 milhões de dólares, sendo parte para fornecer alimentos, abrigo, água e assistência médica para mais de 155 mil sudaneses do Sul que retornaram do Sudão e 212 mil refugiados, na sua maioria fugindo de conflitos no Sudão.
Este ano, o Programa Mundial de Alimentos da ONU planeja fornecer ajuda alimentar a mais de 2,7 milhões de pessoas, quase um quarto da população do Sudão do Sul.
As agências humanitárias que trabalham no Sudão do Sul, um dos países mais pobres do mundo, estão sob ameaça constante de membros dos serviços de segurança que os espancam ou os prendem ou confiscam seus equipamentos, afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira.
O Sudão do Sul tem lutado para reformular seus serviços de segurança desde que se separou do Sudão em 2011, após uma longa guerra civil que o deixou repleto de armas.
Grupos de direitos humanos regularmente acusam o exército do Sudão do Sul, uma combinação de ex-guerrilheiros mal treinados conhecidos como SPLA, de abusos contra civis.
Vincent Lelei, chefe no país do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, disse que o número de incidentes que dificultam o trabalho das agências humanitárias saltou quase 50 por cento no ano passado.
O Sudão do Sul está no último lugar de quase todos os índices de desenvolvimento e seu governo depende muito das Nações Unidas e de outras agências humanitárias para fornecer cuidados de saúde, alimentação, educação e infraestrutura.
"Recebemos pelo menos 61 relatos de trabalhadores humanitários que foram espancados enquanto faziam seu trabalho, muitos deles por forças de segurança do Estado", afirmou Lelei à Reuters em uma entrevista.
Ele contou que 78 trabalhadores humanitários foram arbitrariamente detidos, e em seguida, liberados, em 2012, e que 79 veículos foram apreendidos pelo exército ou outros grupos armados.
Além disso, a burocracia impede o trabalho diário das agências e atrasa vistos e autorizações de trabalho, afirmou Lelei.
De acordo com um relatório do secretário-geral da ONU, homens armados em uniformes militares também ocuparam e saquearam escolas.
Peter Lam Both, presidente da Comissão de Alívio e Reabilitação do governo, disse que o Sudão do Sul era um país novo e "as pessoas não são bem versadas em como conduzir os negócios de forma que a comunidade internacional ou eu iríamos entender".
Ele afirmou que o governo estava trabalhando em um projeto de lei para reger o setor de ajuda e tentando informar sobre a proteção legal existente para os trabalhadores humanitários.
O Sudão do Sul tem uma expectativa média de vida de apenas 42 anos e somente um quarto dos adultos sabem ler.
Em 2012, o país recebeu assistência humanitária no valor de mais de 700 milhões de dólares, sendo parte para fornecer alimentos, abrigo, água e assistência médica para mais de 155 mil sudaneses do Sul que retornaram do Sudão e 212 mil refugiados, na sua maioria fugindo de conflitos no Sudão.
Este ano, o Programa Mundial de Alimentos da ONU planeja fornecer ajuda alimentar a mais de 2,7 milhões de pessoas, quase um quarto da população do Sudão do Sul.