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Afeganistão diz desconhecer negociações com talibãs no Catar

Segundo fontes citadas pelo jornal britânico "The Guardian", o chefe da agência de inteligência afegã, Mohammed Masoom Stanekzai, esteve presente nos encontros

Soldados afegãos: seriam os primeiros contatos entre Cabul e os insurgentes desde que as negociações de paz ficaram suspensas
DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2016 às 13h38.

Cabul - O governo do Afeganistão e a principal agência de inteligência do país, o Diretório Nacional de Segurança (NDS, sigla em inglês), afirmaram nesta terça-feira que não têm conhecimento dos supostos encontros mantidos no Catar com os talibãs durante os últimos dois meses.

"Não temos conhecimento das reuniões", disse à Agência Efe o porta-voz do NDS, Jamil Sultani, sobre aqueles que seriam os primeiros contatos entre Cabul e os insurgentes desde que as negociações de paz ficaram suspensas no ano passado após a divulgação da notícia da morte do fundador do movimento talibã, o mulá Omar, que ocorreu em 2013.

Segundo fontes insurgentes e governamentais citadas pelo jornal britânico "The Guardian", o chefe da agência de inteligência afegã, Mohammed Masoom Stanekzai, esteve presente nos encontros, que aconteceram entre setembro e o início de outubro.

O porta-voz do palácio presidencial afegão, Shah Hussain Murtazawi, e representantes do Alto Conselho para a Paz, órgão designado pelo governo para negociar com os insurgentes, também negaram à Efe ter "conhecimento" das últimas reuniões.

Entre os presentes nas negociações secretas figuraram o mulá Abdul Emanam Akhund, irmão mais novo do mulá Omar, e um diplomata americano, de acordo com a publicação britânica.

Segundo uma fonte dos talibãs, espera-se que o filho mais velho do ex-chefe dos insurgentes, Mohammad Yaqub, se junte em breve ao grupo que negocia em Doha.

O grupo que o Afeganistão forma ao lado de Paquistão, China e Estados Unidos lançou no final do ano passado uma iniciativa para traçar um plano de paz que ponha fim ao conflito que começou em 2001 com a invasão americana e a queda do regime talibã.

No entanto, esse grupo insurgente havia rejeitado até agora as negociações com o governo após a suspensão do processo de paz.

Na única conquista do governo afegão nesse plano até o momento, o segundo grupo insurgente mais importante do país, o Hezb-e-Islamic (HIA, Partido Islâmico do Afeganistão) do ex-primeiro-ministro e senhor da guerra Gulbuddin Hekmatyar, assinou há três semanas um acordo de paz.

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Cabul - O governo do Afeganistão e a principal agência de inteligência do país, o Diretório Nacional de Segurança (NDS, sigla em inglês), afirmaram nesta terça-feira que não têm conhecimento dos supostos encontros mantidos no Catar com os talibãs durante os últimos dois meses.

"Não temos conhecimento das reuniões", disse à Agência Efe o porta-voz do NDS, Jamil Sultani, sobre aqueles que seriam os primeiros contatos entre Cabul e os insurgentes desde que as negociações de paz ficaram suspensas no ano passado após a divulgação da notícia da morte do fundador do movimento talibã, o mulá Omar, que ocorreu em 2013.

Segundo fontes insurgentes e governamentais citadas pelo jornal britânico "The Guardian", o chefe da agência de inteligência afegã, Mohammed Masoom Stanekzai, esteve presente nos encontros, que aconteceram entre setembro e o início de outubro.

O porta-voz do palácio presidencial afegão, Shah Hussain Murtazawi, e representantes do Alto Conselho para a Paz, órgão designado pelo governo para negociar com os insurgentes, também negaram à Efe ter "conhecimento" das últimas reuniões.

Entre os presentes nas negociações secretas figuraram o mulá Abdul Emanam Akhund, irmão mais novo do mulá Omar, e um diplomata americano, de acordo com a publicação britânica.

Segundo uma fonte dos talibãs, espera-se que o filho mais velho do ex-chefe dos insurgentes, Mohammad Yaqub, se junte em breve ao grupo que negocia em Doha.

O grupo que o Afeganistão forma ao lado de Paquistão, China e Estados Unidos lançou no final do ano passado uma iniciativa para traçar um plano de paz que ponha fim ao conflito que começou em 2001 com a invasão americana e a queda do regime talibã.

No entanto, esse grupo insurgente havia rejeitado até agora as negociações com o governo após a suspensão do processo de paz.

Na única conquista do governo afegão nesse plano até o momento, o segundo grupo insurgente mais importante do país, o Hezb-e-Islamic (HIA, Partido Islâmico do Afeganistão) do ex-primeiro-ministro e senhor da guerra Gulbuddin Hekmatyar, assinou há três semanas um acordo de paz.

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