Mundo

Acordo no Congresso americano evita paralisação federal

Congresso votará nos próximos dias uma lei de finanças geral de 1,014 trilhão de dólares para o ano orçamentário de 2015

Congressistas americanos concluíram um acordo para financiar o Estado federal até o fim de 2015 (Jewel Samad/AFP)

Congressistas americanos concluíram um acordo para financiar o Estado federal até o fim de 2015 (Jewel Samad/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 07h46.

Washington - A dois dias da data limite, democratas e republicanos chegaram a um acordo no Congresso americano para financiar o Estado federal até outubro de 2015 e evitar a paralisação das administrações federais a partir de quinta-feira à noite.

O Congresso votará nos próximos dias, segundo um calendário ainda não divulgado, uma lei de finanças geral de 1,014 trilhão de dólares para o ano orçamentário de 2015 (outubro 2014-setembro 2015), anunciaram os congressistas responsáveis pelas negociações, o representante republicano Hal Rogers e a senadora democrata Barbara Mikulski.

O Estado federal tem financiamento até quinta-feira, 11 de dezembro. Em outubro de 2013, sem um acordo para a aprovação da lei de finanças, o Congresso provocou uma paralisação governamental que durou 16 dias.

O setor de Defesa receberá 554 bilhões de dólares, 64 bilhões para operações no exterior, incluindo os cinco bilhões solicitados pelo presidente Barack Obama para financiar a guerra contra o grupo Estado Islâmico. No pacote de emergência, 1,6 bilhão de dólares serão destinados ao treinamento e fornecimento de equipamentos às forças iraquianas e curdas.

O plano para equipar e treinar os rebeldes moderados sírios receberá 500 milhões de dólares. A Câmara de Representantes, dominada pela oposição republicana, era reticente a destinar uma verba ao programa.

O Congresso, no entanto, não aceitou destinar o valor solicitado por Obama para lutar contra a epidemia de Ebola no exterior. Os representantes e senadores aceitaram conceder 5,4 bilhões de dólares ao objetivo, 800 milhões a menos que o desejo do presidente.

Em represália contra o plano para regularizar de maneira provisória a situação dos imigrantes ilegais, anunciado pelo governo em 20 de novembro, o Congresso financiará o Departamento de Segurança Interna, do qual dependem os serviços de imigração, apenas até 27 de fevereiro.

Nesta data, os republicanos também controlarão o Senado e pretendem aprovar uma lei de finanças que restringirá as regularizações anunciadas por Obama, que consideram ilegais.

Um artigo da nova lei impede a cidade de Washington D.C. de legalizar o consumo de maconha, apesar da medida ter sido aprovada em referendo no mês de novembro.

O Congresso tem poder de veto sobre as resoluções orçamentárias aprovada pela capital federal.

Acompanhe tudo sobre:CongressoEstados Unidos (EUA)Orçamento federalPaíses ricos

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua