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“Acordo do Século” de Trump para o Oriente Médio será finalmente revelado

Proposta prega acordo de paz entre árabes e israelenses, mas tem o desafio de ser aceita pelo lado palestino

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Trump: acordo de paz combinado com israelenses, mas rejeitado por palestinos (Jim Young/Reuters)

Trump: acordo de paz combinado com israelenses, mas rejeitado por palestinos (Jim Young/Reuters)

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Redação Exame

Publicado em 28 de janeiro de 2020 às, 06h33.

Última atualização em 28 de janeiro de 2020 às, 15h05.

São Paulo — Poucos dias antes de entrar na Casa Branca, há três anos, Donald Trump incumbiu o genro, Jared Kushner, de uma tarefa talvez inédita entre pessoas com esse parentesco: estabelecer a paz no Oriente Médio, com um acordo entre árabes e israelenses. A expectativa era retomar o diálogo entre os dois lados, que estavam paralisados desde 2014, e dar fim ao conflito.

“Jared é um cara inteligente e eu adoraria ser aquele que fez as pazes entre Israel e os palestinos”, disse Trump em entrevista ao jornal The New York Times, antes de se tornar mandatário. Pois bem: nesta terça-feira, 28 de janeiro, o mundo irá conhecer os detalhes do plano de Jared Kushner, marido de Ivanka Trump, que notoriamente é desprovido de qualquer experiência diplomática ou na resolução de conflitos de alta complexidade. O projeto é chamado de “acordo do século” pelo próprio Trump.

Os detalhes desse tal “acordo do século” dos Estados Unidos ainda não estão claros. Na segunda-feira, Trump participou de encontros com Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e Benny Gantz, seu rival nas próximas eleições, em Washington.

Entre alguns poucos pontos que já vieram à tona está um pacote de ajuda financeira de 50 bilhões de dólares. Além disso, o acordo não fará menção ao termo “solução de dois estados”, que prevê a coexistência entre o estado palestino e Israel, apoiada pela comunidade internacional.

“O plano faz muito sentido para todos”, disse Trump, sem detalhar qualquer disposição. “É algo que eles (os palestinos) deveriam querer. Vamos ver no que vai dar. Sem eles, não tem acordo e tudo bem”, continuou o mandatário. “O plano é um marco significante e histórico”, disse Gantz. “Vou implementá-lo imediatamente depois das eleições.”

Faltou combinar com os palestinos, que já disseram que vão rejeitar o documento e nem sequer foram convidados ao encontro, embora estejam diretamente envolvidos na questão. “Nós o rejeitamos e ordenamos que a comunidade internacional não seja parte disso, já que contradiz a legislação internacional e os direitos palestinos”, disse Mohammad Shtayyeh, o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina. “É um plano para acabar com a causa palestina.”

Ainda não está clara a repercussão que o acordo terá na comunidade internacional, muito menos se ele terá algum apoio no âmbito da Organização das Nações Unidas.

“O acordo não toca em todas as questões, mas abrange muitas delas”, disse Hady Amr, enviado dos Estados Unidos para o conflito árabe-israelense durante a gestão de Barack Obama, em entrevista a Al Jazeera. A questão é se as respostas cairão bem entre os palestinos.

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