Exame Logo

Abe adiará aumento de imposto, convocará eleição em dezembro

Premiê do Japão vai convocar uma eleição geral para dezembro, disse um jornal nesta quarta-feira

Shinzo Abe: jornal conservador Sankei disse que Abe iria adiar o aumento do imposto em um ano e meio, para abril de 2017 (Toru Hanai/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 07h14.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe , vai adiar um planejado aumento de impostos e convocar uma eleição geral para dezembro, disse um jornal nesta quarta-feira, em um esforço do premiê para preservar o poder antes que sua popularidade junto ao eleitorado se deteriore.

Abe disse na terça-feira que não decidiu ainda sobre o momento adequado para a eleição, e seu principal porta-voz no governo disse nesta quarta que a decisão sobre o reajuste do imposto sobre vendas, que pode prejudicar uma prometida recuperação econômica, ainda vai ser tomada.

Mas o jornal conservador Sankei disse que Abe iria adiar o aumento do imposto em um ano e meio, para abril de 2017, e convocar uma eleição antecipada para recompor a Câmara dos Deputados.

Um membro do governo próximo ao gabinete do premiê disse à Reuters na terça-feira ser provável que Abe adie o aumento do imposto. Os principais partidos políticos já começaram a se preparar para uma possível eleição antecipada.

Nenhuma eleição precisaria ser organizada antes de 2016, mas interlocutores políticos próximos a Abe, cujo apoio popular é relativamente robusto mas demonstra tendência de queda, pode buscar renovar seu mandato para outros quatro anos antes de tomar medidas impopulares, tais como a reativação de reatores nucleares e a aprovação de uma lei que permite às tropas japonesas combaterem em outros países pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Em uma nova eleição, a coalizão do Partido Liberal Democrata (PLD), de Abe, tem poucas chances de perder a maioria na Câmara, dada a fraqueza de oposição, mas existe a possibilidade de que obtenha menos do que os dois terços dos assentos que possui hoje, segundo políticos.

O apoio do eleitorado ao PLD caiu para 36,6 por cento em uma pesquisa feita pela TV estatal NHK e divulgada na segunda-feira. O número ainda é bem maior do que os 7,9 por cento dos que disseram apoiar o oposicionista Partido Democrático do Japão (PDJ), o que reflete a lembrança dos três anos em que o partido esteve no poder a partir de 2009, período marcado por erros e deslizes políticos.

Ainda assim, 40 por cento dos entrevistados disseram não apoiar nenhum partido. Abe assumiu o poder em dezembro de 2012 prometendo recuperar a economia com uma receita de política monetária ultraexpansionista, maiores gastos e reformas.

A oposição diz que o adiamento do reajuste do imposto sobre vendas seria uma prova do fracasso da estratégia de crescimento apelidada "Abenomics".

Veja também

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe , vai adiar um planejado aumento de impostos e convocar uma eleição geral para dezembro, disse um jornal nesta quarta-feira, em um esforço do premiê para preservar o poder antes que sua popularidade junto ao eleitorado se deteriore.

Abe disse na terça-feira que não decidiu ainda sobre o momento adequado para a eleição, e seu principal porta-voz no governo disse nesta quarta que a decisão sobre o reajuste do imposto sobre vendas, que pode prejudicar uma prometida recuperação econômica, ainda vai ser tomada.

Mas o jornal conservador Sankei disse que Abe iria adiar o aumento do imposto em um ano e meio, para abril de 2017, e convocar uma eleição antecipada para recompor a Câmara dos Deputados.

Um membro do governo próximo ao gabinete do premiê disse à Reuters na terça-feira ser provável que Abe adie o aumento do imposto. Os principais partidos políticos já começaram a se preparar para uma possível eleição antecipada.

Nenhuma eleição precisaria ser organizada antes de 2016, mas interlocutores políticos próximos a Abe, cujo apoio popular é relativamente robusto mas demonstra tendência de queda, pode buscar renovar seu mandato para outros quatro anos antes de tomar medidas impopulares, tais como a reativação de reatores nucleares e a aprovação de uma lei que permite às tropas japonesas combaterem em outros países pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Em uma nova eleição, a coalizão do Partido Liberal Democrata (PLD), de Abe, tem poucas chances de perder a maioria na Câmara, dada a fraqueza de oposição, mas existe a possibilidade de que obtenha menos do que os dois terços dos assentos que possui hoje, segundo políticos.

O apoio do eleitorado ao PLD caiu para 36,6 por cento em uma pesquisa feita pela TV estatal NHK e divulgada na segunda-feira. O número ainda é bem maior do que os 7,9 por cento dos que disseram apoiar o oposicionista Partido Democrático do Japão (PDJ), o que reflete a lembrança dos três anos em que o partido esteve no poder a partir de 2009, período marcado por erros e deslizes políticos.

Ainda assim, 40 por cento dos entrevistados disseram não apoiar nenhum partido. Abe assumiu o poder em dezembro de 2012 prometendo recuperar a economia com uma receita de política monetária ultraexpansionista, maiores gastos e reformas.

A oposição diz que o adiamento do reajuste do imposto sobre vendas seria uma prova do fracasso da estratégia de crescimento apelidada "Abenomics".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEleiçõesImpostosJapãoLeãoPaíses ricosPolíticosShinzo Abe

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame