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Abbas e Meshaal querem aplicar "imediatamente" reconciliação

Os líderes das facções palestinas rivais Fatah e Hamas vão definir um calendário para consolidar os pontos de acordo

O presidente palestino, Mahmud Abbas: "não pararemos até que se alcance a reconciliação para que o país esteja unido perante a opressão", disse (Abbas Momani/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 09h53.

Cairo - Os líderes das facções palestinas rivais Fatah e Hamas, Mahmoud Abbas e Khaled Meshaal, concordaram na quarta-feira no Cairo aplicar "imediatamente" o pacto de reconciliação assinado em maio de 2011, informou um comunicado da Presidência egípcia, que media as partes.

Segundo a nota divulgada hoje, ambos se dispuseram a convidar o comitê de desenvolvimento e ativação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) na primeira semana de fevereiro para pactuar um calendário para cristalizar os pontos do acordo.

O texto lembra que Abbas e Meshaal se reuniram na capital egípcia, além de se encontrar separadamente com o presidente Mohammed Mursi.

Nesses encontros, ambas as partes mostraram "um espírito positivo e uma grande responsabilidade", ressalta o comunicado, o qual acrescenta que nos próximos dias convidarão os outros grupos palestinos para fixar um calendário para a reconciliação.

Em declarações aos jornalistas no Cairo, Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), destacou que ambos se comprometeram a cumprir com o estipulado no passado no Catar e no Egito.

Além disso, concordaram em manter a visão de dois Estados e defenderam que o Estado da Palestina seja dentro das fronteiras de 1967 e que viva junto ao de Israel, disse Abbas.


Também defenderam que isto ocorra mediante negociações e a adoção de uma resistência popular e pacífica, assinalando a necessidade de que sejam realizadas eleições palestinas.

"Agora o que se espera é que o comitê eleitoral se desloque para Gaza para registrar 300 mil palestinos e depois este comitê divulgará a data das eleições", continuou Abbas.

"Não pararemos até que se alcance a reconciliação para que o país esteja unido perante a opressão", sentenciou o líder.

A disputa entre as duas facções remonta a junho de 2007, quando os islamitas assumiram o controle da Faixa de Gaza após expulsar as forças leais a Abbas, o que originou dois Governos palestinos: um do Hamas em Gaza e outro da ANP na Cisjordânia.

Fatah e Hamas assinaram um pacto de reconciliação na capital egípcia em 4 de maio de 2011, que ainda não se concretizou.

Após os últimos gestos em favor da unidade palestina, o encontro bilateral de quarta-feira entre Abbas e Meshaal se centrou em revisar aspectos de tal acordo como a formação de um novo Governo de união nacional palestino.

Este Executivo seria presidido por Abbas e integrado por tecnocratas, e seria o encarregado de supervisionar novas eleições presidenciais e legislativas, segundo o estipulado então.

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Cairo - Os líderes das facções palestinas rivais Fatah e Hamas, Mahmoud Abbas e Khaled Meshaal, concordaram na quarta-feira no Cairo aplicar "imediatamente" o pacto de reconciliação assinado em maio de 2011, informou um comunicado da Presidência egípcia, que media as partes.

Segundo a nota divulgada hoje, ambos se dispuseram a convidar o comitê de desenvolvimento e ativação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) na primeira semana de fevereiro para pactuar um calendário para cristalizar os pontos do acordo.

O texto lembra que Abbas e Meshaal se reuniram na capital egípcia, além de se encontrar separadamente com o presidente Mohammed Mursi.

Nesses encontros, ambas as partes mostraram "um espírito positivo e uma grande responsabilidade", ressalta o comunicado, o qual acrescenta que nos próximos dias convidarão os outros grupos palestinos para fixar um calendário para a reconciliação.

Em declarações aos jornalistas no Cairo, Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), destacou que ambos se comprometeram a cumprir com o estipulado no passado no Catar e no Egito.

Além disso, concordaram em manter a visão de dois Estados e defenderam que o Estado da Palestina seja dentro das fronteiras de 1967 e que viva junto ao de Israel, disse Abbas.


Também defenderam que isto ocorra mediante negociações e a adoção de uma resistência popular e pacífica, assinalando a necessidade de que sejam realizadas eleições palestinas.

"Agora o que se espera é que o comitê eleitoral se desloque para Gaza para registrar 300 mil palestinos e depois este comitê divulgará a data das eleições", continuou Abbas.

"Não pararemos até que se alcance a reconciliação para que o país esteja unido perante a opressão", sentenciou o líder.

A disputa entre as duas facções remonta a junho de 2007, quando os islamitas assumiram o controle da Faixa de Gaza após expulsar as forças leais a Abbas, o que originou dois Governos palestinos: um do Hamas em Gaza e outro da ANP na Cisjordânia.

Fatah e Hamas assinaram um pacto de reconciliação na capital egípcia em 4 de maio de 2011, que ainda não se concretizou.

Após os últimos gestos em favor da unidade palestina, o encontro bilateral de quarta-feira entre Abbas e Meshaal se centrou em revisar aspectos de tal acordo como a formação de um novo Governo de união nacional palestino.

Este Executivo seria presidido por Abbas e integrado por tecnocratas, e seria o encarregado de supervisionar novas eleições presidenciais e legislativas, segundo o estipulado então.

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