A menos de um mês das eleições presidenciais, Maduro diz que Venezuela decidirá "guerra ou paz"
Pleito está marcado para dia 28 de julho e presidente está concorrendo ao terceiro mandato; se ganhar, ficará mais seis anos no poder
Agência de Notícias
Publicado em 12 de julho de 2024 às 07h12.
Última atualização em 12 de julho de 2024 às 07h15.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira que o país decidirá entre "guerra ou paz" nas eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais ele tentará se reeleger e enfrentará nove candidatos nas urnas.
"No dia 28 de julho decidiremos guerra ou paz. 'Guarimba' (protesto violento) ou tranquilidade. Pátria ou colônia.Democracia ou fascismo.Você está preparado? Você está preparado? Estou preparado, tenho amor pela Venezuela, tenho experiência, não tenho medo nem do diabo, Deus está comigo, Deus está conosco, o povo está conosco", disse.
Durante um evento em uma cidade do estado de Aragua, no norte do país, como parte de sua campanha eleitoral, Maduro afirmou que no próximo dia 28 a Venezuela não tomará "uma decisão qualquer", mas uma que definirá "o destino dos próximos 50 anos do país".
Eleições na Venezuela: como funcionará a disputa? Maduro poderá deixar o poder? Veja respostasNa quarta-feira, o líder chavista declarou que em 29 de julho - o dia seguinte às eleições - ele assinará um "primeiro decreto" para convocar "um grande diálogo nacional" e, assim, "pensar (sobre) a Venezuela do futuro".
Já a líder opositora María Corina Machado disse à EFE na quarta-feira que espera que Maduro concorde em negociar uma transição ordenada porque, segundo ela, o ex-embaixador Edmundo González Urrutia, que concorre pela principal plataforma de oposição, vai ganhar o pleito.
Na opinião da ex-deputada, Maduro - no poder desde 2013 - perdeu "a confiança e o apoio do povo", e por isso optou por semear "o medo", uma estratégia que, segundo ela, "não funciona".
Oposição na Venezuela não consegue registrar candidaturas para eleições presidenciaisNa quinta-feira, outro candidato, Antonio Ecarri, pediu um debate entre os participantes da eleição presidencial porque o país está enfrentando "outra crise" e à beira de "uma guerra civil".