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“A direita da Venezuela é organização criminosa”, diz ANC

Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela chamou opositores de "traidores" e decretou que aqueles que apoiam sanções dos EUA sejam investigados

Militares participam de desfile em Caracas, capital da Venezuela: tensão política no país segue em alta (Andres Martinez Casares/Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 30 de agosto de 2017 às 11h09.

Última atualização em 30 de agosto de 2017 às 12h03.

São Paulo – A tensão política na Venezuela segue aumentando e não dá sinais de que não cessará em breve. Nesta semana, Delcy Rodríguez, a presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), criticou a oposição depois de seus membros terem manifestado apoio às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos .

“Não estamos equivocados quando sinalizamos que a direita venezuelana é uma organização criminosa que age para a intervenção na Venezuela”, disse Delcy em comunicado oficial. “É uma direita contra os interesses do país, contra a ordem constitucional, contra o estado de Direito”, continuou a presidente da ANC, que foi instalada no país desde o início de agosto após uma eleição permeada por polêmicas e acusações de fraude. Seu objetivo é o de reescrever a Constituição em vigo no país desde 1999, mas a oposição diz que é mais uma manobra para que Nicolás Maduro se segure no poder.

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Nesta quarta-feira, a ANC publicou um decreto que ordena que autoridades investiguem e julguem aqueles que apoiaram o pacote de sanções dos Estados Unidos, acusando-os de “traidores da pátria”. Tais medidas proíbem instituições financeiras de repassarem dinheiro ao governo de Maduro e à petroleira estatal. Donald Trump, presidente dos EUA, chegou a dizer que não descartava uma ação militar no país.

A situação na Venezuela é delicada e instável, com repressões violentas aos protestos contra o Maduro. A Organização das Nações Unidas (ONU), acusou as forças de segurança venezuelanas de cometeram violações de direitos humanos na contenção dessas manifestações. Além disso, pediu que o governo liberasse manifestantes e cessasse o julgamento militar de civis.

 

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