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A batalha da Suprema Corte

A escolha do juiz Neil Gorsuch, indicado do presidente Donald Trump para ocupar uma vaga na Suprema Corte dos Estados Unidos, será votada nesta sexta-feira no Senado. Na quinta-feira, republicanos mudaram de última hora as regras do Senado e seu nome só precisa ser aprovado por uma maioria simples de 51 senadores. Com 52 republicanos, […]

GORSUCH NO SENADO: juiz deve ser confirmado nesta sexta-feira para a Suprema Corte, após embate no Senado dos Estados Unidos / Justin Sullivan/ Getty Images

GORSUCH NO SENADO: juiz deve ser confirmado nesta sexta-feira para a Suprema Corte, após embate no Senado dos Estados Unidos / Justin Sullivan/ Getty Images

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2017 às 06h27.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h41.

A escolha do juiz Neil Gorsuch, indicado do presidente Donald Trump para ocupar uma vaga na Suprema Corte dos Estados Unidos, será votada nesta sexta-feira no Senado. Na quinta-feira, republicanos mudaram de última hora as regras do Senado e seu nome só precisa ser aprovado por uma maioria simples de 51 senadores. Com 52 republicanos, é esperado que o assento que pertencia ao juiz Antonin Scalia seja, finalmente, ocupado, depois de mais de um ano de vacância

Republicanos tiveram de mudar a regra, em um movimento chamado de “opção nuclear”, pois não conseguiriam aprovar o nome de Gorsuch com as regras anteriores que exigiam 60 nomes favoráveis. Durante o ano passado, os republicanos bloquearam a nomeação do juiz Merrick Garland, então indicado pelo ex-presidente Barack Obama à Suprema Corte.

O caso joga luz às brigas partidárias no Senado americano, tipicamente uma casa de mais consenso do que a turbulenta Câmara dos Representantes. Embora a mudança tenha sido só para nomeados à Suprema Corte, ela pode indicar uma nova postura dos republicanos para fazer valer sua voz no Congresso durante o governo Trump. Analistas  afirmam que o movimento já era esperado mesmo que Hillary Clinton tivesse vencido as eleições: mesmo democratas não teriam maioria para aprovar um nome e teriam que apelar para a “opção nuclear”. A mudança desta quinta-feira acompanha uma operada pelos democratas, em 2013, quando o partido votou para acabar com a regra de 60 nomes para indicações ao governo e a cortes menores.

É improvável que Gorsuch altere o equilíbrio da Corte, já que Scalia também era um juiz conservador. Mas a preocupação ressoa em outros três juízes, moderados e progressistas, que poderiam ser substituídos ainda na gestão Trump, caso se aposentem. Isso mudaria a dinâmica ideológica da Suprema Corte, favorecida pelas novas regras. Em uma semana explosiva na política internacional, Trump terá hoje uma boa notícia para celebrar em casa. 

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