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Argentina registra 1ª morte na América Latina pelo coronavírus

O paciente, um homem de 64 anos, retornou no fim de fevereiro de uma viagem pela Europa

Argentina: até esta manhã, a América Latina somava 63 casos da doença (Matias Baglietto/Reuters)
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Clara Cerioni

Publicado em 8 de março de 2020 às 10h02.

Buenos Aires — Um homem de 64 anos morreu neste sábado (7) na capital argentina pelo novo coronavírus, tornando-se a primeira vítima fatal da doença na América Latina, reportou a imprensa local.

O paciente retornou no fim de fevereiro de uma viagem pela Europa.

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Além do falecido, a Argentina confirmou outros nove casos: sete na capital, um na província de Buenos Aires e outro em Córdoba (centro).

Com estes nove casos, somam 63 na América Latina com os reportados no Brasil (19), Equador (14), México (6), Chile (6), Peru (6), Colômbia (1), Costa Rica (1) e Paraguai (1).

Noventa e cinco países e territórios estão afetados pelo COVID-19, que deixou mais de 3.556 mortos e quase 105.000 contágios em todo o planeta.

Mais casos na Argentina

A lista na Argentina aumentou neste sábado com a vítima fatal e um jovem que estava em quarentena em um hospital da capital federal com sintomas compatíveis e após ter compartilhado o voo de retorno da Itália com outro dos infectados.

O paciente falecido apresentava "antecedentes de diabetes, hipertensão, bronquite crônica e insuficiência renal", reportou o ministério da Saúde no comunicado divulgado em sua conta oficial no Twitter.

Segundo informou, o paciente, morador da cidade de Buenos Aires, começou com uma sintomatologia de "febre, tosse e dor de garganta" em 28 de fevereiro e fez a primeira consulta médica em 4 de março.

O ministério informou que o homem deu entrada com sintomas de pneumonia na unidade de terapia intensiva do hospital público Argerich e precisou de assistência respiratória mecânica.

A morte ocorreu no sábado, destacou o informe. Sua esposa, assintomática, é submetida a exames.

Segundo o ministério da Saúde, ele tinha voltado à Argentina em 25 de fevereiro, procedente da Europa, embora não tenha informado os países que visitou.

Medidas preventivas

O governo concedeu neste sábado uma licença de trabalho extraordinária para funcionários do setor público e privado que voltarem de viagens ao exterior para evitar a propagação do vírus.

Embora a resolução do ministério do Trabalho não esclareça, especula-se que será aplicada àquelas pessoas que tiverem visitado países aonde foram reportados casos.

A medida foi adotada para facilitar o cumprimento das recomendações de autoridades sanitárias que indicam nestes casos isolamento preventivo de 14 dias.

Também e diante da iminência do início das aulas nos ensinos básico e fundamental, na segunda-feira  a maioria das jurisdições do país, os ministérios da Saúde e da Educação das províncias recomendaram que as crianças que tiverem viajado ao exterior se abstenham de ir à escola nas duas semanas posteriores ao seu retorno.

Milhares de consultas por telefone foram atendidas nos últimos dias em linhas de informação habilitadas especialmente para tirar dúvidas da população.

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