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3 milhões de sírios precisam de ajuda alimentícia e agrícola

Segundo recente avaliação produzida pelas Nações Unidas e governo sírio, durante os próximos 12 meses será preciso aumentar os meios de subsistência

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2012 às 10h43.

Roma - Cerca de três milhões de pessoas necessitam de ajuda alimentícia, agrícola e para a criação de gado na Síria , segundo uma recente avaliação produzida pelas Nações Unidas e o Governo do país asiático, informou nesta quinta-feira a Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO).

Deste total, cerca de um milhão e meio de pessoas precisam de ajuda alimentícia durante os próximos três a seis meses, especialmente nas áreas mais afetadas pelo conflito e o deslocamento de população.

Mais de um milhão de sírios necessitam de ajuda agrícola e para a criação de gado, incluindo sementes, ração, combustível e reparação de bombas para irrigação.

O documento acrescenta que durante os próximos 12 meses será preciso ampliar a ajuda alimentícia e os meios de subsistência, uma vez que o número de pessoas necessitadas de ajuda nutricional deverá alcançar três milhões.

Os dados procedem de uma missão conjunta de avaliação rápida de segurança alimentar realizada em junho de 2012 pela FAO junto ao Programa Mundial de Alimentos (PMA) e ao Ministério de Agricultura e Reforma Agrária da Síria.


O relatório final da missão conjunta indica que o setor agrícola da Síria perdeu US$ 1,8 bilhão neste ano como consequência da atual crise.

Esse valor envolve danos e perdas em plantações, pecuária e sistemas de irrigação.

"As implicações econômicas destas perdas são muito graves, mas as consequências humanitárias são muito mais prementes", disse o representante do PMA na Síria, Muhannad Hadi.

"Os efeitos destas importantes perdas são sofridos, em primeiro lugar e de forma mais brutal, pelos mais pobres do país. A maior parte das famílias vulneráveis visitadas pela missão assinalou que tem menos renda e mais despesas: sua vida é mais difícil a cada dia que passa", assegurou Hadi.

Grande parte da população rural dos distritos do centro, leste, nordeste e sul do país perdeu total ou parcialmente os ativos agrícolas e os necessários para a pecuária devido à crise política e à insegurança, às quais se soma uma prolongada seca, assinala a nota.


"As famílias mais vulneráveis na Síria dependem total ou parcialmente da agricultura e da criação de animais para obter alimentos e renda. Elas necessitam de ajuda emergencial, incluindo sementes, conserto dos sistemas de irrigação, ração e saúde animal", advertiu Abdulla BinYehia, representante da FAO na Síria.

"Se não for proporcionada ajuda no momento oportuno, o meio de subsistência dessas pessoas vulneráveis pode sofrer um colapso em poucos meses. O inverno se aproxima rapidamente e é urgente tomar medidas antes dessa data".

Os agricultores se viram obrigados a abandonar a atividade agrícola devido à ausência de mão de obra, à falta de combustível, ao aumento dos gastos e à insegurança, assim como pelas interrupções de energia que afetam a provisão de água.

A missão de avaliação também informou que o desmatamento vem aumentando, uma vez que os camponeses recorrem às florestas para obter lenha devido à falta de gás e combustível para cozinhar.

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Roma - Cerca de três milhões de pessoas necessitam de ajuda alimentícia, agrícola e para a criação de gado na Síria , segundo uma recente avaliação produzida pelas Nações Unidas e o Governo do país asiático, informou nesta quinta-feira a Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO).

Deste total, cerca de um milhão e meio de pessoas precisam de ajuda alimentícia durante os próximos três a seis meses, especialmente nas áreas mais afetadas pelo conflito e o deslocamento de população.

Mais de um milhão de sírios necessitam de ajuda agrícola e para a criação de gado, incluindo sementes, ração, combustível e reparação de bombas para irrigação.

O documento acrescenta que durante os próximos 12 meses será preciso ampliar a ajuda alimentícia e os meios de subsistência, uma vez que o número de pessoas necessitadas de ajuda nutricional deverá alcançar três milhões.

Os dados procedem de uma missão conjunta de avaliação rápida de segurança alimentar realizada em junho de 2012 pela FAO junto ao Programa Mundial de Alimentos (PMA) e ao Ministério de Agricultura e Reforma Agrária da Síria.


O relatório final da missão conjunta indica que o setor agrícola da Síria perdeu US$ 1,8 bilhão neste ano como consequência da atual crise.

Esse valor envolve danos e perdas em plantações, pecuária e sistemas de irrigação.

"As implicações econômicas destas perdas são muito graves, mas as consequências humanitárias são muito mais prementes", disse o representante do PMA na Síria, Muhannad Hadi.

"Os efeitos destas importantes perdas são sofridos, em primeiro lugar e de forma mais brutal, pelos mais pobres do país. A maior parte das famílias vulneráveis visitadas pela missão assinalou que tem menos renda e mais despesas: sua vida é mais difícil a cada dia que passa", assegurou Hadi.

Grande parte da população rural dos distritos do centro, leste, nordeste e sul do país perdeu total ou parcialmente os ativos agrícolas e os necessários para a pecuária devido à crise política e à insegurança, às quais se soma uma prolongada seca, assinala a nota.


"As famílias mais vulneráveis na Síria dependem total ou parcialmente da agricultura e da criação de animais para obter alimentos e renda. Elas necessitam de ajuda emergencial, incluindo sementes, conserto dos sistemas de irrigação, ração e saúde animal", advertiu Abdulla BinYehia, representante da FAO na Síria.

"Se não for proporcionada ajuda no momento oportuno, o meio de subsistência dessas pessoas vulneráveis pode sofrer um colapso em poucos meses. O inverno se aproxima rapidamente e é urgente tomar medidas antes dessa data".

Os agricultores se viram obrigados a abandonar a atividade agrícola devido à ausência de mão de obra, à falta de combustível, ao aumento dos gastos e à insegurança, assim como pelas interrupções de energia que afetam a provisão de água.

A missão de avaliação também informou que o desmatamento vem aumentando, uma vez que os camponeses recorrem às florestas para obter lenha devido à falta de gás e combustível para cozinhar.

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