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110 mil tailandeses assistem funeral do rei Bhumibol Adulyadej

Os súditos se prostram no solo, rezam e choram durante passagem de uma carruagem dourada com a urna real que é levada por mais de 200 soldados

Funeral do rei da Tailândia 26/10 (Jorge Silva/Reuters)
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EFE

Publicado em 26 de outubro de 2017 às 06h42.

Bangcoc - Pelo menos 110 mil tailandeses vestidos de preto participam, nesta quinta-feira, do funeral do monarca Bhumibol Adulyadej em torno da praça Sanam Luang, em Bangcoc, enquanto multidões fazem fila nas ruas próximas para tentar entrar.

Vestidos de rigoroso luto, os súditos se prostram no solo, rezam e choram durante passagem da grande carruagem dourada com a urna real que é levada por mais de 200 soldados com uniformes tradicionais de cor vermelha.

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No procissão solene em torno da praça Sanam Luang, localizada ao lado do Grande Palácio Real, também há monges budistas, sacerdotes hindus, bandas de música e militares com diferentes trajes de gala, com um total de 2.406 participantes.

Todas as ruas do centro histórico, um total de 42, estão fechadas ao tráfego desde a madrugada e há rigorosos controles de segurança para acessar o ambiente da esplanada, onde só é permitida a passagem de tailandeses.

Dezenas de milhares de pessoas aguardam pacientemente nos controles para conseguir chegar ao local de onde acontece a procissão.

Nualwon Cha-ume, uma professora universitária de 31 anos, explicou à Agência Efe que seis membros da sua família chegaram há dois dias após dirigir de carro desde Narathiwat, uma província localizada no extremo sul da Tailândia.

"Nosso objetivo aqui é se despedir do nosso pai", em referência ao rei, afirmou Nualwon, acrescentando que era a primeira vez que assistia um funeral de Estado.

O procissão tem uma grande importância simbólica, embora na realidade o caixão com os restos mortais de Bhumibol foi transferido ontem à noite para o monumento funerário construído em Sanam Luang.

No passado, os corpos da realeza tailandesa foram organizados em posição fetal dentro da urna dourada, mas Bhumibol decidiu que os seus restos seriam depositados em um caixão.

Por esta razão, a urna que deveria conter os restos do rei só abriga uma placa honorífica com o nome e a data de nascimento do monarca tailandês.

Representantes de 42 países, incluindo membros da monarquia de mais de 20 nações, participarão do funeral de Bhumibol, que faleceu no dia 13 de outubro de 2016, aos 88 anos.

O monumento funerário, que levou cerca de dez meses para acontecer, é composto por nove torres principais, incluindo uma representação simbólica do mítico Monte Meru, assim como vários pavilhões e cerca de 500 figuras que representam divindade, animais míticos e até os dois cachorros favoritos de Bhumibol.

Segundo a tradição, o monarca tailandês é a reencarnação do deus Narayana (Vishnu) e ascenderá ao céu sobre a ave Garuda.

A cremação do rei acontecerá às 22h (horário local, 13h de Brasília), num crematório elétrico localizado na torre que simboliza o monte Meru, residência das deuses segundo a mitologia budista e hindu.

O rei Vajiralongkorn, filho de Bhumibol, será o encarregado de acender o fogo.

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