10 curiosidades perigosas sobre a Defesa da Coreia do Norte
EXAME.com compilou análises de diferentes governos e entidades internacionais que revelam um pouco da estrutura da Defesa da Coreia do Norte. Confira
Gabriela Ruic
Publicado em 13 de maio de 2015 às 07h08.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h43.
São Paulo – No início desta semana, a Coreia do Norte alegou ter realizado um teste com míssil balístico submarino e que, em tese, teria sido desenvolvido sob o olhar atento e especializado de Kim Jong-Un, o "líder supremo" do país. Os Estados Unidos prontamente negaram que tal teste sequer tenha acontecido, e ainda esnobaram que seja possível o país tenha a capacidade para produzir este tipo de arma . A Coreia do Sul , por sua vez, foi mais cautelosa e avaliou que sua vizinha do norte pode sim estar desenvolvendo mísseis submarinos, mas que provavelmente ainda está na primeira fase do projeto. Bom, ninguém pode determinar qual o tamanho real da ameaça que a Coreia do Norte representa para a segurança da sua região e do resto do planeta, mas análises compiladas por EXAME.com produzidas por diferentes governos e entidades internacionais revelam um pouco da estrutura da Defesa do país. Confira nas imagens.
Pois é, segundo análise da entidade Nuclear Threat Initiative ( NTI ), que trabalha em prol da segurança global contra armas nucleares, biológicas e químicas, a Coreia do Norte é dona do 3º maior arsenal de armas químicas do planeta, atrás dos Estados Unidos e da Rússia. De acordo com a entidade, que cita dados do governo da Coreia do Sul, os norte-coreanos possuem cinco mil toneladas métricas de armas químicas que incluem o sarin, considerado pela ONU como uma “arma de destruição em massa”, e agentes formulados a partir do gás mostarda, que pode causar a morte de uma pessoa em apenas cinco minutos. Ainda de acordo com a NTI, o país consta entre aqueles que assinaram o chamado Protocolo de Genebra, que proíbe o uso de armas químicas em situações de guerra. Contudo, lembrou a entidade, não assinou a Convenção de Armas Químicas, um documento da ONU que exige que seus signatários declarem e destruam suas armas químicas.
Uma reportagem do jornal The Wall Street Journal, publicada em abril e baseada em informações compiladas pelo governo da China, revelou que a Coreia do Norte tem muito mais armas nucleares do que imaginava o governo dos EUA. De acordo estimativas dos chineses, os norte-coreanos possuem cerca de 20 ogivas nucleares e podem dobrar este arsenal até o final do ano que vem. Até então, a expectativa dos EUA era a de que a Coreia do Norte tivesse no máximo 16 armas como estas. Ainda de acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, tal quantidade é suficiente para que o país seja encarado como uma ameaça regional.
Nos anos 70, informou o Global Security (GS), site especializado em análises militares, Kim Il-Sung, então líder do país, ordenou que todas as divisões do exército mantivessem ao menos dois túneis na chamada Zona Desmilitarizada (DMZ) que pudessem levar até a Coreia do Sul. Muitos jamais foram construídos, mas ao menos três não apenas se concretizaram como ainda eram de conhecimento da ONU. Um deles, descoberto em 1974, estava a 45 metros da superfície, tinha 3,5 quilômetros de extensão e estava numa rota que poderia deixar os soldados do norte a apenas 65 quilômetros de distância da capital Seul. Recentemente, em 1990, outro túnel foi descoberto. Ainda de acordo com o GS, este estava a 145 metros da superfície, tinha pouco mais de dois quilômetros de extensão e estava a apenas 26 quilômetros de distância da cidade de Yangju.
A maioria dos equipamentos usados pelo país foi produzida na antiga União Soviética e também na China, revelou um documento do Departamento de Defesa dos EUA. E aqueles feitos internamente tiveram os seus designs inspirados na produção bélica das décadas de 50, 60 e 70 destes locais.
O programa de mísseis da Coreia do Norte é classificado como “ambicioso” pelo documento americano. O país teria desenvolvido modelos capazes de atingir alvos na Coreia do Sul, no Japão e outros pontos no oceano Pacífico.
Ainda segundo a investigação conduzida pelo governo dos EUA, os equipamentos mais poderosos da Força Aérea do país são os modelos MiG-29 comprados da União Soviética nos anos 80. A última aquisição em aeronaves aconteceu já em 1999, com a compra de modelos usados do Cazaquistão. Na imagem, o "líder supremo" é visto inspecionando uma aeronave militar.
O governo do país parece não ter feito grandes esforços para modernizar a sua Marinha, que é vista pelos EUA como a menor entre as organizações de Defesa do país. A frota até conta com muitas embarcações, porém estas são consideradas como antiquadas pelos americanos.
A vantagem da Marinha da Coreia do Norte, contudo, está no tamanho da frota de submarinos, que, por sua vez, é vista pelos EUA como uma das maiores do planeta. Estes equipamentos não são muito sofisticados, mas, de acordo com o documento, são ”duráveis”.
Os EUA acreditam que a Coreia do Norte conta com uma divisão dedicada totalmente aos ciberataques e que estaria ativa desde 2009. Ainda de acordo com o documento, esta seria uma ferramenta produtiva do país para a coleta de informações sigilosas de seus inimigos.
De acordo com informações do site Global Firepower, existem atualmente 690 mil militares ativos no país e quase 13 milhões de pessoas que estariam prontas para batalha, na ocasião de uma guerra.
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