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Dólar cai a R$ 3,12, menor patamar em mais de um ano

O dólar recuou 1,26%, a 3,1207 reais na venda, menor nível desde 2 de julho de 2015, quando fechou a 3,0960 reais

Dólar: na mínima do dia, a moeda norte-americana bateu em 3,1169 reais (peddhapati/Creative Commons/Flickr)

Dólar: na mínima do dia, a moeda norte-americana bateu em 3,1169 reais (peddhapati/Creative Commons/Flickr)

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Reuters

Publicado em 24 de outubro de 2016 às 17h20.

Última atualização em 24 de outubro de 2016 às 17h45.

São Paulo - O dólar fechou com baixa de mais de 1 por cento nesta segunda-feira, voltando ao patamar de 3,12 reais, o menor em mais de um ano, com fortes expectativas de entrada de recursos externos.

O dólar recuou 1,26 por cento, a 3,1207 reais na venda, menor nível desde 2 de julho de 2015, quando fechou a 3,0960 reais. O dólar futuro cedia cerca de 0,9 por cento nesta tarde.

Na mínima do dia, a moeda norte-americana bateu em 3,1169 reais --menor valor intradia desde 10 de agosto passado (3,1132 reais) --e, na máxima, atingiu 3,1518 reais.

"O ritmo da baixa (do dólar) surpreendeu", comentou um operador de uma corretora paulista.

A moeda norte-americana caiu basicamente com ingresso de fluxo de recursos, tanto sob a expectativa da regularização de dinheiro brasileiro alocado no exterior como também de estrangeiros que estão atraídos pelo Brasil.

O prazo para regularização termina no próximo dia 31 de outubro.

A expectativa, segundo especialistas, é de que o dólar mantenha essa tendência de queda, pelo menos no curtíssimo prazo.

Pesquisa Focus do Banco Central, que ouve semanalmente uma centena de economistas, mostrou nesta manhã que a previsão para o dólar no final deste ano cedeu para 3,20 reais, de 3,25 reais na semana anterior.

"Embora não faça preço diretamente, a Focus dá um sinal para aqueles que viam um dólar mais pressionado", comentou o analista de câmbio corretora Gradual Investimentos Marcos Jamelli.

No exterior, o dólar caía ante algumas divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno.

Os investidores também ficaram de olho no Congresso Nacional, onde na terça-feira a Câmara dos Deputados deve votar em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos.

A expectativa de sucesso com boa margem de votos também favoreceu o recuo da moeda norte-americana ante o real nesta sessão.

"Com a votação da PEC do teto dos gastos amanhã, dependendo do que acontecer, o dólar pode ir até 3 reais até o final do ano", acrescentou Jamelli.

Nas mesas de operações, nesta tarde existiram outras apostas que também iam na direção de que o dólar vai renovar as mínimas do ano em breve, podendo se aproximar dos 3 reais.

Da mesma forma, os especialistas repetiram que não descartam o Banco Central ampliar a oferta de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de moeda.

O objetivo seria reduzir o estoque, hoje de cerca de 30 bilhões de dólares, de swaps tradicionais, que equivale à venda futura de dólares, e impedir uma queda ainda maior da moeda norte-americana.

Por enquanto, o BC continua ofertando 5 mil contratos. Nesta manhã, o lote de swap cambial reverso foi vendido integralmente.

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