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Onde os preços dos imóveis mais caem no mundo

Economias europeias mais frágeis dominam a lista, encabeçada pela Irlanda

A crise continua (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2011 às 14h51.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h35.

São Paulo - A crise que atingiu os mercados imobiliários em 2008 continuou ecoando no ano passado, como mostra a lista dos países que registraram as maiores retrações de preços de imóveis residenciais em 2010. Os Estados Unidos é apenas o sétimo do ranking, dominado por países europeus - notadamente alguns dos Piigs e representantes do leste europeu. O desemprego nessas nações e medidas de austeridade apontam para um ano ainda difícil para os preços dos imóveis, que só devem assistir a uma recuperação com a procura de estrangeiros interessados. No Oriente, por outro lado, Japão e Dubai têm melhores perspectivas. A lista é fruto de um levantamento da consultoria imobiliária Knight Frank e foi originalmente publicada no BusinessInsider.com.
  • 2. 1. Irlanda

    2 /11(Andrius Burlega/Wikimedia Commons)

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    A Irlanda lidera o ranking, tendo registrado uma queda de 10,8% nos preços dos imóveis residenciais em 2010. Trata-se, na realidade, da continuidade de um processo iniciado com a crise financeira de 2008. Por isso mesmo, as expectativas para o mercado imobiliário irlandês não são muito boas. O país continua tentando reestruturar seu setor bancário e deve registrar este ano um crescimento muito modesto, de apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
  • 3. 2. Lituânia

    3 /11(Wikimedia Commons)

  • O país báltico registrou uma queda de 10,1% no preço dos imóveis residenciais até setembro de 2010, data do último dado. A Lituânia, no entanto, já se recupera de uma bolha imobiliária, e uma melhora é esperada para o mercado em 2011. O crescimento da economia este ano também deve ajudar. A previsão do Ministério das Finanças é otimista, de alta de 5,8% do PIB.
  • 4. 3. Ucrânia

    4 /11(Andrew Butko/Wikimedia Commons)

    Outro país do leste europeu abalado com a crise financeira mundial, a Ucrânia registrou uma queda no preço dos imóveis residenciais de 7,8% até setembro de 2010, data do último dado. As perspectivas para o país eslavo são dúbias. Por um lado, a confiança do consumidor ucraniano está em declínio e espera-se que o desemprego continue alto. A inflação, por sua vez, já apresenta sinais de melhora, porém se mantém alta. Por outro lado, os países do leste europeu devem apresentar crescimento neste ano. Para a Ucrânia, é esperado um aumento no PIB de 4,5%, podendo o mercado imobiliário experimentar uma recuperação em 2011.
  • 5. 4. Croácia

    5 /11(Wikimedia Commons)

    A situação na Croácia é bem menos animadora. O preço dos imóveis residenciais caiu 7,2% em 2010, e o mercado imobiliário não deve ver recuperação em breve. Candidato a ingressar na União Europeia, o país dos Bálcãs experimenta uma taxa de desemprego crescente, que vem fazendo a população protestar contra o governo e exigir antecipação das eleições. Os efeitos da crise financeira ainda se fazem sentir até no crescimento do PIB, que no ano passado registrou retração, e só deve crescer 1,3% neste ano.
  • 6. 5. Dubai

    6 /11(Wikimedia Commons)

    Os preços dos imóveis residenciais em Dubai caíram 6,1% até setembro de 2010, e continuaram em queda no início deste ano. No entanto, a situação no Emirado Árabe é um pouco diferente daquela experimentada pela Europa. A economia já se recupera bem da crise, mas o excesso de oferta deve prosseguir, com o elevado número de lançamentos ao longo do ano. Segundo relatório da consultoria Jones Lang La Salle, os preços dos imóveis residenciais continuarão em queda em 2011, mas já tendendo a uma estabilidade. Por outro lado, o crédito imobiliário deve se expandir, o que vai ajudar na recuperação dos preços no longo prazo.
  • 7. 6. Grécia

    7 /11(Wikimedia Commons)

    A retração dos preços de imóveis residenciais na Grécia no ano passado chegou a 6%, como reflexo da situação crítica por que passa o país que acendeu o pavio da crise europeia. Desemprego e déficit orçamentário em alta, retração do PIB em 2010, corte de gastos, ajuda externa e o longo processo de reestruturação previsto para o país não devem permitir melhoras no mercado imobiliário em breve, a menos que haja uma retomada súbita na demanda estrangeira.
  • 8. 7. Estados Unidos

    8 /11(Wikimedia Commons)

    A recuperação do mercado imobiliário americano continua andando a passos de formiga. A queda nos preços dos imóveis residenciais foi de 4,1% em 2010, e a retração persiste neste início de ano. A execução de hipotecas ainda está em alta e pode atingir seu pico em 2011, e uma reversão na tendência de queda dos preços não viria em breve.
  • 9. 8. Portugal

    9 /11(Thomas/Wikimedia Commons)

    Portugal registrou uma queda de 4% nos preços de seus imóveis residenciais em 2010 e continua com previsões bastante negativas para sua economia. Com o desemprego em alta, medidas de austeridade para reduzir o déficit orçamentário e expectativa de retração do PIB nos próximos dois anos, é provável que a melhor chance de recuperação do mercado imobiliário esteja numa possível demanda estrangeira.
  • 10. 9. Japão

    10 /11(Wikimedia Commons)

    Com uma queda mais modesta nos preços dos imóveis residenciais em 2010 - 3,6% até setembro - o mercado imobiliário japonês, também afetado pela crise, pode assistir a um renascimento a partir do segundo semestre deste ano, como resultado da reconstrução pós-terremoto. A demanda deve aumentar, uma vez que muitos desalojados por conta do desastre estarão em busca de novas casas, o que pode levar a uma retomada de preços.
  • 11. 10. Espanha

    11 /11(Manuel M. Vicente/Wikimedia Commons)

    Mesmo com o estouro de uma bolha imobiliária, os preços dos imóveis na Espanha vêm mantendo uma trajetória de queda moderada. Em 2010, a retração foi de 3,5%. Apesar de o FMI prever um ligeiro aumento do PIB e considerar improvável que o país ibérico solicite resgate, o mercado imobiliário deve continuar fraco em 2011, com preços de imóveis em queda e desemprego em alta.
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