Mercado imobiliário

Onde estão os condomínios mais caros do Brasil? Bairros de RJ e SP disputam liderança

Levantamento da Loft analisou média das taxas cobradas em condomínios por metro quadrado

Praia do Leblon: bairro carioca tem os condomínios mais caros do País, diz Loft (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Praia do Leblon: bairro carioca tem os condomínios mais caros do País, diz Loft (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 3 de junho de 2024 às 11h45.

Última atualização em 3 de junho de 2024 às 17h57.

Os bairros do Leblon, no Rio de Janeiro (RJ), e da Vila Olímpia e Jardim América, em São Paulo (SP), são os mais caros do Brasil quando o assunto é condomínio. Levantamento inédito da Loft avaliou o preço médio do metro quadrado de 1,2 milhão de anúncios de apartamentos nas principais plataformas digitais, ativos em abril. O levantamento foi realizado em cinco capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis e Porto Alegre.

No bairro carioca que lidera o ranking, a mediana do preço para a cobrança em abril foi de R$ 16,20 por metro quadrado. Para um apartamento médio, de 60 m², a cobrança seria então de R$ 972. A média do Rio de Janeiro é um pouco menor, de R$ 11,54 por m² – um condomínio de R$ 692. 

A Vila Olímpia, por sua vez, tem um condomínio médio de R$ 15,84 por m². O valor mensal seria de aproximadamente R$ 950. Já o Jardim América tem uma cobrança de R$ 15,71 por m² – totalizando R$ 942. A média de São Paulo fica na casa R$ 11,81 por m².

Onde estão os condomínios mais caros do Brasil?

Dos 20 bairros com as taxas mais caras, 13 estão na capital paulista, seis no Rio de Janeiro e apenas um em Belo Horizonte. Veja lista abaixo:

O que impacta no preço do condomínio?

A localização do empreendimento é o principal fator na cobrança do condomínio – mas não o único. "Se o prédio está em local nobre, há uma demanda maior por serviços de mais qualidade, o que encarece a taxa, mas há outros fatores”, indica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. 

Outros fatores de atenção são a idade do prédio e a quantidade de áreas comuns. “Se o prédio é antigo, tende a ter uma taxa mais alta, porque a manutenção é mais cara, incluindo o gasto com folha de pagamento. Se o prédio possui facilidades como piscina, academia ou playground também tende a ter uma taxa mais elevada, para manutenção dessa estrutura."

Belo Horizonte entre as maiores variações de condomínios

Belo Horizonte apresentou apenas um bairro entre os 20 condomínios mais caros do País. Ainda assim, foi a cidade com maior variação de preço entre as monitoradas no Sudeste. A mediana do preço da taxa mensal para quem mora em apartamento subiu 2,7% desde janeiro na capital mineira, para R$ 5 por metro quadrado. 

O aumento, segundo a Loft, é consequência do aquecimento do mercado imobiliário local e da forte valorização de preços de imóveis nos últimos meses. "Quando os imóveis se valorizam, a tendência é que a taxa de condomínio acompanhe. Vale lembrar que o valor arrecadado com a cobrança é utilizado para manutenção das áreas comuns, o que também entra no cálculo de valorização do bem". 

Belvedere (R$ 13,61 por m²), Funcionários (R$ 9,60 por m²) e Lourdes (R$ 9,39 por m²), todos localizados na região Centro-Sul, são os bairros onde a cobrança é mais cara em Belo Horizonte.

Acompanhe tudo sobre:CondomínioImóveis

Mais de Mercado imobiliário

Brasil tinha 3,5 milhões de imóveis em construção e reforma em 2022

As cidades mais caras que viraram 'impossíveis de morar'; veja lista

EUA têm escassez de 2,2 milhões de casas e agrava crise habitacional, diz pesquisa

Sonho da casa própria cresce entre investidores brasileiros, diz Anbima

Mais na Exame