Senac se destaca pela valorização de pessoas com deficiência
A instituição emprega mais profissionais com deficiência do que prevê a lei e promove a cultura da diversidade entre seus funcionários
(Senac/Divulgação)
1 de novembro de 2018, 14h37
O Brasil garante o acesso de pessoas com deficiência ao mercado de trabalho desde 1991, quando a Lei 8.213/1991 determinou que empresas com 100 ou mais funcionários precisam disponibilizar de 2% a 5% das vagas a profissionais com esse perfil. Ao longo dessas quase três décadas, o percentual de cargos para PCD (pessoa com deficiência), em relação ao total de empregados do país, vem aumentando, principalmente desde 2004, quando a legislação ganhou o suporte de uma fiscalização mais efetiva. De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, era de 0,69% em 2010 e, em 2016, alcançou 0,91%.
Isso representa 418 500 profissionais num universo de 46 milhões de pessoas empregadas no país. Pode parecer pouco à primeira vista, mas o número vem sendo ampliado ano a ano. E ainda há bastante espaço para avançar. Até porque, em geral, os trabalhadores com deficiência são bastante qualificados: uma pesquisa realizada pela empresa Catho, em meados de 2017, apontou que 35% dos entrevistados têm formação superior e 23% estão cursando ou têm curso superior incompleto.
Práticas reconhecidas
Existem corporações que sobressaem pela maneira como realizam essa inclusão profissional. Para reconhecer esse trabalho no estado de São Paulo, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência premia todos os anos as melhores empresas para trabalhadores com deficiência. Na edição de 2018, o Senac São Paulo, por exemplo, foi um dos grandes destaques, ficando em segundo lugar, atrás apenas da multinacional IBM e à frente, inclusive, da gigante McDonald’s. No ano anterior, a instituição tinha conquistado a terceira posição e, em 2016, a ONU já havia reconhecido as boas práticas da empresa.
O Senac São Paulo desenvolve o Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiência desde 2002. “O programa completou 16 anos e, nesse período, vem aprimorando suas ações no sentido de garantir a qualidade do processo de inclusão”, afirma o gerente de pessoal do Senac São Paulo, Laercio Marques.
80% das unidades já realizaram ou planejam atividades para disseminar a cultura inclusiva
Trata-se de um trabalho de longo prazo, organizado em cinco grandes frentes: acessibilidade, cultura organizacional, recrutamento e seleção, gestão de pessoas com deficiência e protagonismo dos funcionários. As ações engajam toda a rede – prova disso é que 80% das unidades já realizaram ou planejam atividades para disseminar a cultura inclusiva voltadas aos funcionários, aos alunos e à comunidade. Resultado: dos 9 500 profissionais do Senac, 490 têm algum tipo de deficiência, o que representa um percentual de 5,15%, acima da lei.
“Aqui você é o tempo todo avaliado pela sua capacidade, independentemente de diferenças físicas. No primeiro puxão de orelha que tomei do meu chefe, eu saí feliz da sala”, brinca Bruno Silva, professor na unidade Aclimação. Deficiente visual, ele tem 32 anos e é funcionário do Senac São Paulo há seis.
Outra ação importante da empresa nessa área é o Empreenda – Senac, uma competição de empreendedorismo e inovação destinada a todos os alunos do Senac São Paulo. O diferencial é que há um estímulo ao desenvolvimento de projetos que atendam pessoas com algum tipo de deficiência. Para isso, a instituição promove oficinas de capacitação, utilizando a metodologia design thinking, com a participação de funcionários com deficiência.
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