Personal é criticada por campanha de papel higiênico preto
A marca usou o slogan referência do ativismo negro nos EUA na década de 60 “Black is Beautiful” e as reações não foram positivas
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2017 às 11h42.
Última atualização em 24 de outubro de 2017 às 14h46.
Parece que faz séculos, mas nos anos 60 a segregação racial nos Estados Unidos era uma agenda pública perpetuada em inúmeras instâncias. Ir à escola, sentar onde quisesse nos transportes públicos e transitar em certos ambientes era crime para quem fosse negro.
Na luta por direitos e respeito, intelectuais americanos criaram o conceito “Black is Beautiful”, que se espalhou pelo mundo e incentivou milhões de pessoas a se orgulharem de suas características.
https://www.youtube.com/watch?v=Vz1Pa4N1WKw
Décadas depois, a Personal Vip parece ter esquecido toda essa batalha e lança um papel higiênico preto anunciado com o mesmo conceito utilizado para reivindicar representatividade de uma população.
A campanha, protagonizada por Marina Ruy Barbosa e criada pela Neogama, procurou romper com a linguagem da categoria e agregar irreverência ao novo produto.
Fotografada por Bob Wolfenson, a atriz aparece vestida apenas pelo papel higiênico em uma alusão ao “pretinho básico” referenciado como peça coringa em qualquer guarda-roupa. Confira abaixo algumas peças do ensaio:
Rapidamente a internet percebeu a descomprometida mistura de referências e demonstrou sua desaprovação à ideia por trás da campanha. Nas redes, usuários como Anderson França escreveram textos contrários à estratégia da agência e a pequena fanpage da Família Personal foi alvo de reações negativas.
*Conteúdo publicado originalmente no site AdNews.