Clubes do Rio tomarão decisão em conjunto sobre direitos de transmissão
Em comunicado oficial, os clubes declaram que acham inadequada a forma como o Clube dos 13 conduziu perante seus associados o projeto para o novo contrato de transmissão
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 22h57.
Rio de Janeiro - Os presidentes do Botafogo, Fluminense, Flamengo e Vasco da Gama reuniram-se na terça-feira, 22, para discutir e deliberar sobre os aspectos encaminhados pelo Clube dos 13 acerca da concorrêcia para a aquisição de direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro de futebol profissional. Os clubes do Rio de Janeiro decidiram que tomarão uma posição conjunta para a questão, ou seja, negociarão individualmente os direitos, a exemplo do que já disse que fará o Corinthians.
Em comunicado oficial, os clubes declaram que acham inadequada a forma como o Clube dos 13 conduziu perante seus associados o projeto para o novo contrato de transmissão e estão dispostos a tratar diretamente com as empresas interessadas todos os aspectos comerciais referentes aos direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro. Há a possibilidade de que os times Grêmio e Goiás também sigam por um caminho independente.
O Clube dos 13 deveria publicar o edital para a aquisição de direitos nesta quinta, 24, mas é possível que agora a estratégia tenha que ser adiada. A estimativa do Clube dos 13 era arrecadar R$ 1,3 bilhão ao ano, ao longo de três anos,para os clubes com a venda de todos os direitos, sendo pelo menos R$ 550 milhões (considerando o ágio-Globo, referente à audiência do canal) só para a TV aberta.
Conforme fontes ouvidas por este noticiário, a fragmentação dos direitos é péssima para as empresas de telecomunicações, sobretudo para a Oi, que estava tentando articular um acordo com outras teles para compra dos direitos. Segundo fontes ouvidas por este noticiário, a Oi teria mais dificuldades para negociar clube a clube pela falta de familiaridade com esse mercado. Ao mesmo tempo, a fragmentação também complica um pouco a vida da Globosat, que precisa ter a garantia de um acordo com todos os clubes para assegurar o pay-per-view no modelo atual.
Para a Telefônica/Terra, o golpe mais duro seria uma desistência, por parte dos clubes, de comercializarem um jogo exclusivo por rodada para a Internet.