Marketing

Apple faz o mundo criativo "pensar diferente"

"Think Different" ("Pense Diferente") era a tradução dos pensamentos de Clow e, principalmente, de Jobs sobre o que a Apple significava

“A Apple é para pessoas não conformistas, que querem usar computadores para mudar o mundo”, dizia Jobs à época de concepção da campanha (Reprodução)

“A Apple é para pessoas não conformistas, que querem usar computadores para mudar o mundo”, dizia Jobs à época de concepção da campanha (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 12h51.

São Paulo - Lee Clow, criativo diretor da Chiat/Day, já havia feito o clássico 1984 para a Apple lançar o Macintosh quando, no começo de julho de 1997, o telefone de seu carro tocou. Era Steve Jobs, que havia acabado de voltar à empresa que fundara.

A empresa da maçã estava passando por mudanças. Uma delas era um processo para a escolha de uma nova agência de publicidade. Jobs não se animou com o que viu. Por isso queria que Clow e sua agência entrassem na concorrência. Precisamos provar que a Apple ainda está viva, explicou conforme relata o jornalista Walter Isaacson na biografia oficial do saudoso cofundador da Apple.

O resultado do encontro se tornaria uma das campanhas mais icônicas criadas para alguma marca. "Think Different" ("Pense Diferente") era a tradução dos pensamentos de Clow e, principalmente, de Jobs sobre o que a Apple significava.

O filme, que tem narração original de Richard Dreyfuss, exibe figuras marcantes da História enquanto um texto, de coautoria de Jobs, comenta como os "loucos" mudaram o mundo.

A Apple é para pessoas não conformistas, que querem usar computadores para mudar o mundo, dizia Jobs à época de concepção da campanha.

Além do vídeo, uma série de anúncios impressos - sem legendas, apenas com a foto das pessoas que mudaram o mundo - também foi lançada.

Einstein, Gandhi, John Lennon, Bob Dylan, Picasso, Thomas Edison, Chaplin, Martin Luther King e outros menos conhecidos do grande público como Martha Graham, Ansel Adams, Richard Feynman, Maria Callas, Frank Lloyd Wright, James Watson e Amelia Earhart eram os loucos que inspiraram Jobs e Clow.

Confira uma versão do anúncio. Nela, o próprio Steve Jobs é o narrador do comercial:


//www.youtube.com/embed/Rzu6zeLSWq8

Veja o texto completo:

Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os encrenqueiros. Os pinos redondos em buracos quadrados. Os que enxergam as coisas de um jeito diferente. Eles não gostam muito de regras. Eles não respeitam o status quo. Pode-se citá-los, discordar deles, exaltá-los ou difamá-los. A única coisa que não se pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os julgam loucos, nós os julgamos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo... são as que mudam.

Acompanhe tudo sobre:Anúncios publicitáriosAppleEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaInovaçãoPublicidadeTecnologia da informação

Mais de Marketing

Samsung e Apple: o choque entre perfeição tecnológica e a imperfeição humana

Polishop: comerciais de TV eram sucesso entre crianças na década de 1990; entenda a razão

Parceria entre Coca-Cola e outras 5 empresas supera 1 milhão de litros de água para o RS

Samsung alfineta Apple após comercial de iPad Pro: 'A criatividade não pode ser esmagada'

Mais na Exame