Alta da inflação e da Selic oferecem oportunidades na renda fixa | Crédito: Getty Images (triloks/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2021 às 06h07.
Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 07h24.
A alta de 1,5 ponto percentual na Selic da semana passada, que levou a taxa básica de juros a 7,75% ao ano, é só mais uma etapa do ciclo de aperto monetário que o Brasil vive. Embora esteja claro que o caminho à frente é de ladeira acima para os juros, ainda não é possível saber até onde vai a Selic e em qual ritmo o Banco Central deve continuar subindo as taxas, uma vez que o quadro que o Copom leva em conta está em constante transformação.
Para navegar em um cenário de tanta incerteza, uma das formas de proteger seus investimentos é apostar na renda fixa. Com a alta dos juros e da inflação, títulos indexados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e pelo CDI, que é referenciado pela Selic, ganham mais atratividade.
Em uma live promovida pela EXAME Invest, especialistas do BTG Pactual digital e da gestora BTG Pactual Asset Management apontaram quais são as melhores opções, dentro do espectro de títulos de renda fixa.
Para Bruno Carvalho, responsável pela mesa de renda fixa do BTG Pactual digital, a alta dos juros já está precificada nas taxas dos títulos públicos. Em razão desse cenário, ele elenca dois títulos que trazem as melhores oportunidades: o Tesouro Direto IPCA+ e o Tesouro Selic.
"O Tesouro Direto atrelado ao IPCA está com juro real de 5%. Vale lembrar que alguns desses títulos chegaram a pagar uma taxa negativa, meses atrás. Por outro lado, quem tem LFT (Tesouro Selic) vai se beneficiar, porque os juros estão subindo", aconselha Carvalho.
Ele lembra que essa lógica só vale para quem carregar a aplicação até o vencimento, já que na chamada marcação a mercado os títulos públicos têm sofrido com a alta volatilidade.
No mercado de títulos privados, como debêntures, letras financeiras e CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), as melhores oportunidades estão, também, nas aplicações atreladas ao IPCA ou ao CDI, especialmente as que têm isenção do Imposto de Renda.
"As debêntures incentivadas indexadas ao IPCA e debêntures atreladas ao CDI são as opções mais interessantes, na minha opinião. Obviamente as incentivadas têm benefício fiscal e são isentas de imposto para as pessoas físcias, mas eu chamo a atenção para os títulos atrelados ao CDI, porque esse é um segmento ficou para trás e que deve se recuperar, com a alta projetada para a Selic", diz Eduardo Arraes, head de crédito da gestora BTG Pactual Asset Manegement.
Assista ao vídeo completo da conversa com os especialistas abaixo: