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Quer começar a investir? Veja como dar os primeiros passos

Democrático, o mercado financeiro oferece opções para diferentes perfis e bolsos, no Brasil e no exterior

Só consegue investir com segurança quem entende quais são os ativos disponíveis e suas características. (rstavila1/envato)
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Publicado em 6 de agosto de 2024 às 16h30.

O número de investidores no Brasil é crescente, impulsionados por objetivos como o desejo de ter segurança financeira na aposentadoria ou o aumento patrimonial com o objetivo de fugir das incertezas orçamentárias ou se planejar para realizar algum plano que demanda mais recursos.

Um dos equívocos entre aqueles que ainda não começaram a jornada investidora é achar que só quem tem muito dinheiro pode fazer uma aplicação, o que não é verdade. O investimento com regularidade, mesmo que em quantias pequenas, é uma das orientações de quem entende do assunto.

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Nos últimos anos, o mercado de capitais se tornou cada vez mais democrático, com ativos para diferentes fôlegos e perfis financeiros. O valor a ser destinado à formação de um patrimônio vai depender da realidade financeiro no momento e da estratégia de investimento.

Como explica o time de especialistas da Nomad, fintech que oferece serviços financeiros para brasileiros no exterior, ao conhecer o perfil investidor – conservador, moderado ou arrojado -, é possível tomar uma decisão de acordo com a tolerância a risco.

Depois de a analisar quais são as necessidades pessoais, tanto em relação ao retorno quanto aos motivos do investimento, o investidor tem condições de definir um prazo para a movimentação.

O que motiva o investimento

Outra dica importante é analisar qual é a razão que motiva o investimento. Quem pensa na aposentadoria, por exemplo, precisa considerar um prazo de retorno maior.

Ainda segundo os especialistas da Nomad, é importante levar em consideração o nível de capital disponível. Afinal, o retorno é proporcional ao investimento. Ou seja, quanto maior o aporte, maior a rentabilidade.

Por isso é tão importante fazer um planejamento financeiro e analisar as alternativas de investimento disponíveis – renda fixa e renda variável, ou a renda passiva. Paralelamente a esses cuidados, o investidor deve ter em mente a importância de se manter atualizado, em constante contato com conteúdos confiáveis sobre educação financeira e o mercado de investimentos. Ao acumular conhecimento, é possível avançar em novas estratégias, atendendo a outras expectativas financeiras.

Tipos de investimento

- Renda fixa: inclui os investimentos em que a forma de cálculo da remuneração é definida desde o momento da aplicação. Assim, a expectativa é que você receba, no futuro, o valor investido inicialmente, acrescido dos juros. É o mais indicado para investidores com perfil conservador e moderado. Entre os ativos estão os títulos do Tesouro Direto, CDBs, fundos de renda fixa e carteiras digitais remuneradas.

- Renda variável: inclui investimentos com retorno imprevisível no momento da aplicação. A remuneração pode variar de acordo com as condições do mercado. Com isso, não há garantia de lucro. Como explica a Nomad, esse tipo de renda é mais arriscado e costuma ser indicado para investidores com perfil moderado e arrojado. Inclui, por exemplo, as ações negociadas na bolsa de valores, fundos imobiliários, fundos de investimentos e criptomoedas. Os especialistas recomendam que se tenha conhecimento prévio sobre o mercado antes de optar pela renda variável, por meio de cursos e com o suporte de uma corretora,

Hora de investir

A equipe da Nomad preparou um passo a passo para os diferentes tipos de investimentos. Confira:

Tesouro Direto

É um programa criado pelo órgão responsável pela gestão da dívida pública do Brasil e permite a compra de títulos do governo pela internet. É uma modalidade de renda fixa que se tornou popular por conta da facilidade nas aplicações. O investimento é a partir de R$ 30,00. Na plataforma do Tesouro Direto é possível escolher o tipo de título, segundo o perfil de investidor, com características como o prazo de vencimento, fluxos de remuneração e o indexador.

O Tesouro Direto tem três grupos de títulos públicos. Os prefixados delimitam o valor do retorno no ato do investimento. O pós-fixados determinam os critérios de remuneração sem delimitar o valor. Já os híbridos têm parte da remuneração definida e o restante atrelado à inflação.

Para investir nesses ativos basta abrir uma conta em um banco ou corretora que tenha filiação ao programa, completar o cadastro na plataforma do Tesouro Direto, escolher o título que atende aos seus objetivos e dar a ordem de compra.

Bolsa de Valores

Como explica a Nomad, a Bolsa de Valores é uma instituição que reúne empresas e pessoas que desejam comprar e vender ações. Seu objetivo é garantir um ambiente seguro para que as ações das empresas sejam negociadas de maneira eficiente e justa.

As ações, ou papéis, são parcelas que compõem o capital social de uma empresa e podem ser compradas por qualquer pessoa, desde que sejam observadas as regras de mercado e as características de cada ação. Ao serem emitidas por companhias abertas ou assemelhadas, elas podem ser negociadas na Bolsa.

Para investir, é preciso ter uma conta em uma corretora de ações, escolher as ações mais adequadas para ao perfil de investidor, fazer a aplicação e monitorar os lucros.

Fundos imobiliários

Ativos de renda variável, os fundos imobiliários são formados por cotistas que reúnem recursos para aplicar em ativos do mercado imobiliário, como explica a Nomad. As cotas são negociadas na Bolsa para pessoas físicas ou jurídicas. Eles são divididos em três principais tipos:

- Fundos de tijolo - investem em imóveis físicos, como prédios e galpões.

- Fundos de papel - investem em Letras de Crédito Imobiliário e Certificados de Recebíveis Imobiliários.

- Fundos de Fundos - investem em cotas de outros fundos imobiliários.

O investimento em fundos imobiliários exige que se tenha uma conta em uma corretora de valores, que seja feita a transferência dos recursos para o fundo escolhido, com a configuração da quantidade de cotas para aplicação e o monitoramento dos lucros.

Criptomoedas

Consideradas moedas digitais, negociadas somente pela internet e sem relação com governos específicos, as criptomoedas podem ser usadas como meio de troca, reserva de valor e unidade de conta, sintetizam os especialistas da Nomad.

Como são descentralizadas, as criptomoedas não têm um valor fixo, ou seja, a variação é influenciada pela oferta e a demanda. Quando elas estão em evidência costumam ganhar mais investimentos por parte do mercado financeiro.

É possível comprar cotas de fundos e negociar diretamente com uma corretora, a partir de carteiras digitais. No Brasil, há algumas casas, as exchanges, que oferecem esse tipo de serviço. Dá para investir também por meio de ETFs - fundos de investimento negociados na Bolsa de Valores em forma de ações. É necessário ter uma conta em uma corretora para realizar o negócio. A Nomad oferece ETFs para seus clientes.

Bitcoin

O Bitcoin é uma das criptomoedas mais difundidas e foi a primeira a ter um sistema descentralizado, ou seja, é um ativo digital que opera independentemente de uma instituição financeira, de um banco ou de um país.

O caminho para investir também passa pelas exchanges, pela negociação direta, ou por meio de caixas automáticos disponibilizados em vários países.

Dólar

A moeda americana também pode ser negociada no mercado financeiro e usada como fundo para aplicações. Por exemplo, por meio de Certificados de Depósitos de Ações, um investimento de renda variável que representa recibos de ações negociadas na Bolsa.

Já os ETFs são atrelados aos índices da Bolsa e a outros indicadores econômicos. É possível fazer aportes em dólar por meio de fundos cambiais, que são investimentos de aplicação em ativos de moedas estrangeiras. Esses fundos são atrelados ao valor do dólar e podem ser aplicados em títulos de renda fixa. Dá ainda para optar pelas ações, que representam uma parte de uma empresa. Para isso, é preciso escolher uma das opções que aceitam investimento em dólar e negociar no mercado financeiro.

Especialista em mercado americano

Investir em ativos internacionais é uma opção cada vez mais considerada pelos investidores, já que viabiliza a diversificação de ativos e mercados, pulverizando os riscos. A Nomad oferece um portfólio variado para quem quer ter acesso diretamente ao mercado americano. A plataforma disponibiliza o acesso à renda fixa, fundos imobiliários, fundos de investimento e ações. Com apenas três passos é possível instalar o aplicativo. Na etapa seguinte, é preciso fazer uma avaliação para conhecer o seu perfil de investidor. Após a transferência de recursos de uma conta para a Nomad, o cliente toma suas decisões sobre quanto investir nos ativos escolhidos.

5 curiosidades sobre os investidores brasileiros

- A cada dez brasileiras e brasileiros não aposentados (que equivalem a 86% da população com mais de 16 anos), apenas dois (19%) já começaram uma reserva financeira para essa fase da vida

- Seis em cada dez pessoas (58%) afirmam que, apesar de ainda não terem iniciado, pretendem poupar para o uso dos recursos na aposentadoria. O destaque é a classe C, com 62%

- 37% dos brasileiros investiam em produtos financeiros em 2023. Mais da metade das pessoas da classe A/B investem. O percentual fica um pouco acima de um terço na classe C e alcança uma em cada cinco pessoas da classe D/E.

- A geração Y (entre 28 e 42 anos em 2023) representaram 39% dos investidores, seguidos pela geração X (entre 43 e 62 anos em 2023) e pelos boomers (63 anos ou mais em 2023), com 37% cada. A geração Z (16 a 27 anos em 2023) detém a menor proporção, de 35%.

- A perspectiva, segundo o levantamento da Anbima, é de um aumento de quatro pontos percentuais no número de investidores em 2024 na comparação com o ano passado.

Fonte: 7ª edição do Raio X Brasileiro 2023/Anbima

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