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Fundos de ações se recuperam e são destaque de rentabilidade no 1º semestre

Levantamento da Anbima mostra retomada dos produtos ligados à renda variável

Painel de cotações da B3: renda variável tem se recuperado nas últimas semanas (Germano Lüders/Exame)
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 8 de julho de 2023 às 10h00.

Os fundos de ações foram o grande destaque positivo da indústria de fundos no primeiro semestre deste ano, segundo levantamento da Anbima, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais .

A maior rentabilidade acumulada no período veio do segmento deações no exterior, que teve retorno de 11,8%. No mesmo período do ano passado, a rentabilidade desse tipo de fundo tinha ficado nos 4%, o que representa um crescimento de 195% na comparação anual.

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Na sequência, vem os fundos de ações livres, que tiveram retorno de 11,6%, uma alta de 54% na comparação anual.

Destaque de rentabilidade para os fundos de ações de small caps, que apresentou rentorno de 10,5%, um crescimento de 40% frente ao mesmo período do ano anterior.

Para Pedro Rudge, vice-presidente da Anbima e sócio-fundador da Leblon Equities, a recuperação acompanha um movimento de arrefecimento da aversão a risco no mercado de renda variável como um todo.

“Alguns assuntos econômicos e políticos como o arcabouço fiscal e a reforma tributária estão caminhando. Isso trouxe maior confiança para o investidor, abrindo caminho para uma mudança de rumo em relação aos meses anteriores”, disse Rudge em coletiva.

O Ibovespa , índice de referência para esse tipo de produto, subiu 7,6% nos seis primeiros meses deste ano.

Desafio na captação

Apesar da rentabilidade positiva, a captação segue ruim sendo um desafio para a indústria de fundos. O primeiro semestre de 2023 foi o de maior saída de recursos dos fundos desde o início da série histórica, em 2002. Foram R$ 205 bilhões em resgates nos primeiros seis meses deste ano, ante um saldo positivo de captação de R$ 45,6 bilhões no mesmo período do ano passado.

O segmento de renda fixa foi o grande prejudicado neste semestre, e registrou R$ 109,9 bilhões em resgates. E quem mais está sacando o dinheiro é o investidor de varejo. Foram R$ 40,3 bilhões resgatados pelo segmento entre janeiro e junho.

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