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Bolsas de valores internacionais: quais as principais diferenças em relação à B3?

Mercado americano é maior e permite diversificação diferenciada

Ao investir em ativos cotados na moeda americana, o investidor protege parte de seu patrimônio contra as oscilações do real. (Spencer Platt/Getty Images)
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Publicado em 7 de outubro de 2024 às 17h18.

As bolsas de valores internacionais, especialmente as americanas, apresentam diferenças significativas em relação à B3, a bolsa de valores brasileira. De acordo com Paula Zogbi, especialista da fintech Nomad, que oferece serviços financeiros globais para brasileiros, uma das principais diferenças está na exposição que cada bolsa oferece.

Enquanto a B3 conta com cerca de 400 ativos listados, as bolsas americanas, como a NYSE e a Nasdaq, possuem mais de 5.700 ativos, entre ações, REITs (fundos de investimento imobiliário) e ETFs (fundos de índice).

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Variedade Geográfica e Setorial

Essa diferença não se limita apenas à quantidade de ativos, mas também à variedade geográfica e setorial. Empresas de todo o mundo optam por listar ações nos EUA, oferecendo maior exposição a setores como tecnologia, saúde e consumo – segmentos que mudam rapidamente devido ao dinamismo do mercado americano.

No Brasil, a concentração de ativos está fortemente voltada para a "velha economia", como commodities, energia e bancos, o que limita a diversificação. Já nos EUA, a composição de setores é mais abrangente e atualizada, refletindo o ritmo acelerado de inovação, principalmente em áreas como biotecnologia e inteligência artificial.

Liquidez e facilidade de transações

Outra diferença importante é a liquidez. Nos EUA, investidores de todo o mundo acessam os mercados de capitais, facilitando as transações. Isso gera maior facilidade para comprar e vender ativos, tornando o mercado mais dinâmico e atrativo para quem busca oportunidades.

Por que investir nas bolsas americanas?

Investir nas bolsas americanas oferece várias vantagens, principalmente em termos de diversificação e proteção. Conforme explica Paula Zogbi, um dos maiores benefícios é a possibilidade de diversificar o portfólio de maneira que não seria possível investindo apenas na B3.

“Mesmo que o investidor brasileiro invista em todos os setores disponíveis na B3, ele ainda não teria acesso a mercados-chave, como o de inteligência artificial e biotecnologia – setores que estão representados nas bolsas americanas”, explica.

Além disso, o dólar atua como um mecanismo de proteção. Ao investir em ativos cotados na moeda americana, o investidor protege parte de seu patrimônio contra as oscilações do real, garantindo mais estabilidade no longo prazo.

Outro dado relevante é o tamanho dos mercados: as bolsas americanas representam cerca de 50% do valor de mercado global, enquanto o Brasil responde por menos de 1%. Isso significa que as oportunidades de retorno e a segurança dos investimentos nos EUA tendem a ser significativamente maiores, devido à robustez e à diversidade das opções disponíveis.

Portanto, ao considerar essas diferenças, fica claro que o mercado americano oferece mais opções, liquidez e uma oportunidade única de diversificação para investidores brasileiros que buscam expandir seus horizontes financeiros.

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