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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
A WEG, indústria brasileira que une geração e distribuição de energia, produção de motores elétricos e tintas e vernizes, tem projeção de valorização de suas ações em 125%, para R$ 27 por ação em 2009, segundo a corretora paulista Socopa.
O cálculo baseia-se em informações divulgadas pela empresa em reunião com analistas. De acordo com eles, A WEG demonstra potencial para manter suas margens de lucro e para usar seu portfólio de produtos, a geração de caixa em unidades no exterior e sua produção verticalizada como blindagem contra a desaceleração no País.
"A empresa prevê manter suas margens, assim como tem ocorrrido nos últimos ano, independente das variações cambiais e dos preços das commodities, diz relatório da Socopa. O diretor de relação com investidores da WEG, Luis Fernando Oliveira, diz que a crise mundial não surtiu grandes efeitos nos resultados da empresa e, até agora, não houve qualquer cancelamento dos pedidos em carteira.
Para Oliveira, o mix de produtos de mais de 2,5 mil unidades diferentes, além de uma produção vertical
da companhia garantem maior flexibilização da produção e aumentam a capacidade de a empresa se adaptar aos pedidos dos clientes. A empresa ainda explica que os clientes têm buscado produtos com eficiência energética, e por isso, enfatizam mais o custo operacional do que custo da aquisição.
A indicação da Socopa, porém, não garantiu valorização dos papéis da empresa na Bovespa. A poucos minutos do fechamento do pregão, os papéis ordinários da WEG (WEGE3) registravam queda de 1,66%
Driblando o câmbio
Dona de 80% de participação no ercado, a WEG busca também neutralizar os efeitos da variação cambial em seus custos. A empresa compra de matérias-primas no exterior por meio de suas subsidiárias, sendo que 20% da sua receita é denominada em moedas estrangeiras. Essa forte proporção de divisas estrangeiras na receita da companhia acaba virando um hedge natural .
Na divisão de geração, transmissão e distribuição de energia a empresa aposta no aumento projetado para os preços da energia, além da elevação dos investimentos em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH´s).A receita bruta da empresa apresentou incremento de 22,2% comparado ao 3T07, somando R$ 1,48 bilhão.