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Site reúne investimentos que pagam até 116% da taxa DI

Poupa Brasil oferece títulos de renda fixa emitidos por 12 instituições financeiras. Conheça

Poupa Brasil oferece títulos de renda fixa emitidos por 12 instituições financeiras (eskaylim/Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2015 às 04h00.

São Paulo - O site Poupa Brasil, nova plataforma de investimentos criada pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), oferece Recibos de Depósitos Bancários (RDBs) de diferentes instituições, que chegam a pagar até 116% da taxa DI.

O título é muito semelhante aos Certificados de Depósitos Bancários ( CDB s), mas possui algumas restrições maiores em relação aos prazos e resgates dos valores investidos (veja mais detalhes abaixo).

A rentabilidade de 116% da taxa DI é superior à da poupança , de títulos públicos comercializados pelo programa Tesouro Direto e dos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) de grandes bancos, que pagam, em média, entre 80% e 90% da taxa DI ( saiba mais sobre a taxa DI ).

O Poupa Brasil se concentra apenas na oferta de RDBs e não pretende, ao menos por enquanto, disponibilizar outros investimentos. Atualmente, a plataforma reúne RDBs de 12 instituições financeiras: dois bancos e dez financeiras de diferentes portes.

Os investimentos nos RDBs do site partem de mil reais e possuem prazos que variam de seis meses a quatro anos, sendo que, quanto maior o prazo, maior é a rentabilidade do título.

Os títulos oferecidos no site têm remuneração pós-fixada, o que significa que são corrigidos por um indicador, no caso a taxa DI. Como a taxa tem comportamento semelhante à taxa básica de juros (Selic), que está atualmente em um patamar alto (14,25% ao ano), a aplicação é considerada atrativa e de baixo risco.

O que é

Assim como no caso dos CDBs, ao aplicar em um RDB o investidor empresta dinheiro para a instituição financeira e em troca obtém uma remuneração, a ser paga em um prazo pré-determinado. Mas há algumas diferenças importantes entre os dois títulos.

Enquanto o CDB só é oferecido por bancos , o RDB também pode ser emitido por financeiras. Uma desvantagem do RDB com relação ao CDB é que o título não pode ser negociado no mercado secundário, isto é, não pode ser revendido pelo investidor, o que diminui a sua liquidez (característica que define a facilidade de converter o título em dinheiro).

Apesar de o título não poder ser negociado ou transferido, o Poupa Brasil permite que a aplicação possa ser resgatada a qualquer momento, de forma parcial ou total. No entanto, ao fazer o saque antes do prazo a rentabilidade cai para 90% da taxa DI, em qualquer prazo.

Nesse caso, o retorno ainda será maior do que o oferecido pela poupança, mas pode ser menor do que o de CDBs emitidos por bancos de médio porte, por exemplo, que costumam pagar mais de 100% da taxa DI.

Aplicações em RDBs sofrem o desconto do Imposto de Renda , uma desvantagem em relação a Letras de Crédito Imobiliário ( LCI ) e Letra de Crédito do Agronegócio ( LCA ), que são isentas de imposto.

A tributação é feita pela tabela regressiva do IR, segundo a qual aplicações com prazo de até 180 dias são tributadas à alíquota de 22,5%; de 181 dias a 360 dias o imposto cai para 20%; de 361 a 720 dias vai para 17,5%; e acima de 721 dias é aplicada a menor alíquota, de 15%.

Como investir

Para aplicar no Poupa Brasil, basta que o investidor faça um cadastro, que será aceito nas 12 instituições financeiras associadas à plataforma de investimentos.

Após preencher o formulário, será necessário inserir o valor que deseja investir e escolher o prazo da aplicação. É possível realizar simulações dos retornos dos investimentos e compará-los aos de outras aplicações na própria página da plataforma.

Não é possível escolher a instituição financeira na qual o dinheiro será aplicado, pois o Poupa Brasil distribui automaticamente os investimentos entre as instituições financeiras associadas. “O objetivo é que todos consigam captar recursos”, diz o CEO da plataforma, Cláudio Ferro.

Após a escolha da instituição financeira, o Poupa Brasil enviará ao investidor a conta da instituição financeira na qual os recursos deverão ser depositados. Ao realizar a transferência dos valores, o investidor terá de cadastrar o comprovante no sistema do Poupa Brasil.

Confirmada e registrada a operação pelo banco, o comprovante da aplicação poderá ser consultado pela página da plataforma, por meio de login e senha. O Poupa Brasil não cobra taxas dos investidores nas operações.

Investimentos têm proteção

É possível aplicar em RDBs oferecidos pelo Poupa Brasil apenas até o limite de 100 mil reais por instituição financeira associada à plataforma.

O objetivo é garantir que o investimento esteja coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em caso de quebra da instituição financeira.

De acordo com as regras do FGC, o limite de cobertura por instituição financeira é de 250 mil reais. Mas esse valor deve incluir os juros acumulados na aplicação.

Como aplicações mais longas podem acumular mais juros, o Poupa Brasil optou por permitir aplicações de, no máximo, até 100 mil reais por instituição. Para investimentos superiores a esse valor, a plataforma de investimentos direciona automaticamente o valor excedente para outra instituição associada.

São Paulo – Existem diversas opções de investimentos para fazer o dinheiro trabalhar a seu favor. Mas, para conseguir tirar o melhor proveito do que o mercado oferece e dos recursos que você possui, é preciso investir com sabedoria. Mais do que isso, entender qual é a real complexidade das aplicações financeiras é essencial para evitar prejuízos que podem ser irremediáveis.Se mesmo para quem trabalha com investimentos o mercado financeiro se mostra bastante complexo, é certo que quem investe sem noção alguma do que está fazendo tem pouquíssimas chances de se sair bem.A pedido de EXAME.com, Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos, e leitorassíduode livros de economia e finanças selecionou 10 livros que sãopontos de partida cruciais para quem quer começar a investir e deseja entender mais profundamente o universo das finanças .Veja a seleção edeixe seu comentáriocaso você tenha outras indicações.
  • 2. "Salve-se quem puder"

    2 /10(Divulgação Companhia das Letras)

  • Veja também

    Autor: Edward Chancellor “Uma sugestão para quem quer conhecer as principais crises econômicas, desde a Mania das Tulipas, de 1637. O livro é muito divertido e de narrativa agradável. Revela como podemos ser influenciados por bolhas e como somos manipulados facilmente. Foi publicado no final da década de 1990, mas ainda assim é bem atual. Como os capítulos são independentes, o leitor pode pular algum trecho sem comprometer o entendimento de outro” - comentário de Paulo Bittencourt
  • 3. "O Investidor Inteligente"

    3 /10(Reprodução)

  • Autor: Benjamin Graham “É um livro direcionado a investidores que desejam conhecer os pensamentos de Benjamim Graham - considerado o criador da profissão de analista de investimentos e guru de Warren Buffett, um dos mais bem-sucedidos investidores de toda a história -, sem entrar muito no mérito da sua paixão por análise técnica e modelos quantitativos. É uma obra básica para os investidores fundamentalistas, que desejam ganhar prêmios com análises profundas de empresas e setores. Não traz uma fórmula mágica de modelo para investir, mas revela como procurar investimentos com valor no tempo” - comentário de Paulo Bittencourt
  • 4. "Manias, Pânico e Crashes"

    4 /10(Reprodução)

    Autor: Charles P. Kindleberger "O livro apresenta um quadro histórico das crises e bolhas financeiras muito interessante. O leitor vai perceber que a frequência e dimensão dessas crises vai aumentando à medida que o sistema econômico baseado no Capital vai se ampliando pelo mundo. Não foi por coincidência que umas das primeiras crises descritas é a que ocorreu Holanda no início do Século XVII, onde havia um sofisticado mercado financeiro e mercantil. O autor demonstra como podem haver aspectos em comum em eventos tão distintos, mas com fundamentos muito semelhantes entre si" - comentário de Paulo Bittencourt
  • 5. "O Mercado das Crenças"

    5 /10(Raul Junior/EXAME)

    Autor: Eduardo Giannetti “‘O Mercado das Crenças’ é indicado para aqueles que desejam conhecer os desafios das estimativas econômicas e seu impacto nos investimentos. Faz uma crítica a certos aspectos das análises a que somos submetidos no dia a dia. Sob certo aspecto, faz uma avaliação fria sobre o mercado e sobre a eterna tentativa de se prever as tendências” - comentário de Paulo Bittencourt
  • 6. "Os Exuberantes Anos 90"

    6 /10(Germano Luders / EXAME)

    Autor: Joseph Stiglitz “O livro escrito por Joseph Stiglitz pode ser indicado aos investidores que desejam saber como a crise atual foi construída a partir da desregulamentação do mercado americano e como a bolha imobiliária já vinha se formando há tempos. É voltado a um investidor com certo conhecimento do mercado e dos fatos que ocorreram nestas duas últimas décadas” - comentário de Paulo Bittencourt
  • 7. "O Valor do Amanhã"

    7 /10(Divulgação/Divulgação)

    Autor: Eduardo Giannetti “Em ‘O Valor do Amanhã’ é feita uma análise muito profunda sobre a percepção das pessoas com relação às taxas de juros. É quase uma análise filosófica do tema.O livro mostra como a influência dos juros não se resume apenas ao mundo das finanças, mas, nas palavras de Gianetti, é presente ‘[...] nas mais diversas e surpreendentes esferas da vida prática, social e espiritual, a começar pelo processo de envelhecimento a que nossos corpos estão inescapavelmente sujeitos'. Segundo ele, a noção de juros "está inscrita no metabolismo dos seres vivos e permeia boa parte do seu repertório comportamental". O que o leva a refletir sobre as preocupações do cidadão brasileiro e o imediatismo presente em nossas relações, invocando questões como: ‘gastar dinheiro agora e pagar depois ou pagar agora e gastar depois?'” - comentário de Paulo Bittencourt
  • 8. "Iludido pelo Acaso"

    8 /10(Wikimedia Commons / YechezkelZilber)

    Autor: Nassim Nicholas Taleb "Neste livro, anterior ao já bem conhecido “Cisne Negro”, Nassim Taleb faz uma longa análise do mercado de ações e da fixação que os investidores possuem em encontrar padrões de comportamento que permitam 'prever' o preço futuro. O livro é repleto de bons exemplos de como facilmente nos convencemos de que certos fatos vão se repetir da maneira que desejamos" - comentário de Paulo Bittencourt
  • 9. "Finanças Comportamentais"

    9 /10(Divulgação)

    Autor: Aquiles Mosca "As nossas decisões de investimento nem sempre seguem critérios técnicos e lógicos. Pelo contrário, muitas vezes seguimos modelos mentais que se baseiam em premissas com viés pessoal e carregados de conceitos pré-formados. Aquiles Mosca procura desmitificar muitas dessas 'manias' dos investidores revelando como a intuição e as decisões de investimento com base em padrões passados podem levar ao fracasso dos nossos investimentos" - comentário de Paulo Bittencourt
  • 10. Agora veja os livros lançados em 2012

    10 /10(Dreamstime)

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