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Qual a melhor opção de investimento para a aposentadoria?

Especialista responde qual é a melhor forma de complementar a aposentadoria recebida pelo INSS

Especialista responde qual é a melhor forma de complementar a aposentadoria recebida pelo INSS (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2015 às 06h00.

Dúvida do internauta: Sou autônomo e contribuo com o valor mínimo para oINSS . Pensando em aumentar meus ganhos no futuro, gostaria de saber se um plano de previdência privada seria uma boa alternativa ou se é o melhor investir no Tesouro Direto . Consigo aplicar 300 reais por mês.

Resposta de Fernando Meibak*

É muito positivo que você esteja contribuindo para o INSS como trabalhador autônomo. A despeito de sérios problemas estruturais que há no sistema de previdência pública no Brasil, entendemos que essa proteção é necessária e oferece benefícios interessantes, como a pensão por invalidez, por exemplo.

A melhor maneira de você poupar para o futuro é adquirir títulos do Tesouro Nacional, por definição o investimento de menor risco na economia. Ser capaz de aplicar pequenos valores mensais não é empecilho para você investir no Tesouro Direto, sistema de compra dos títulos públicos que aceita valores a partir de 30 reais.

Além disso, o destaque do sistema é seu baixo custo. Em planos de previdência privada, as taxas cobradas costumam ser mais altas. Além da taxa de carregamento, os fundos cobram uma taxa de administração para gerenciar os recursos, o que afeta a rentabilidade do investimento no longo prazo e geralmente torna este produto menos vantajoso do que aplicações feitas pelo programa.

No Tesouro Direto, é cobrada uma taxa de 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos pela custódia dos valores. Além desta taxa, é cobrado um valor por cada negociação realizada no programa, que varia conforme a instituição financeira. No entanto, a maioria não cobra esta taxa ou cobra valores acessíveis, de até 0,30% ao ano.

Planos de previdência também podem registrar custos adicionais na hora da tributação. Enquanto no Tesouro Direto o Imposto de Renda incide apenas sobre o ganho de capital, que é a diferença entre o valor investido e o valor resgatado no futuro, no Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), por exemplo, o IR incide sobre todo o resgate.

Recomendo que você escolha o título Tesouro IPCA+, que paga uma taxa de juro prefixada mais a variação da inflação. A remuneração oferecida por estes títulos está muito elevada atualmente, próxima de 7% ao ano. Você pode optar por uma aplicação com vencimento em 2024 ou 2035.Como o título acumula rendimentos apenas no vencimento, é o mais indicado para quem está planejando a aposentadoria.

* Fernando Meibak é sócio da consultoria Moneyplan, ex-diretor de gestão de investimentos do ABN-Amro Real e HSBC Brasil e autor do livro “O Futuro Irá Chegar! Você Está Preparado Financeiramente para Viver até os 90 ou 100 Anos?”.

Dúvidas, observações ou críticas sobre esta resposta de especialista? Deixe seu comentário abaixo!

Envie outras perguntas sobre aposentadoria para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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Dúvida do internauta: Sou autônomo e contribuo com o valor mínimo para oINSS . Pensando em aumentar meus ganhos no futuro, gostaria de saber se um plano de previdência privada seria uma boa alternativa ou se é o melhor investir no Tesouro Direto . Consigo aplicar 300 reais por mês.

Resposta de Fernando Meibak*

É muito positivo que você esteja contribuindo para o INSS como trabalhador autônomo. A despeito de sérios problemas estruturais que há no sistema de previdência pública no Brasil, entendemos que essa proteção é necessária e oferece benefícios interessantes, como a pensão por invalidez, por exemplo.

A melhor maneira de você poupar para o futuro é adquirir títulos do Tesouro Nacional, por definição o investimento de menor risco na economia. Ser capaz de aplicar pequenos valores mensais não é empecilho para você investir no Tesouro Direto, sistema de compra dos títulos públicos que aceita valores a partir de 30 reais.

Além disso, o destaque do sistema é seu baixo custo. Em planos de previdência privada, as taxas cobradas costumam ser mais altas. Além da taxa de carregamento, os fundos cobram uma taxa de administração para gerenciar os recursos, o que afeta a rentabilidade do investimento no longo prazo e geralmente torna este produto menos vantajoso do que aplicações feitas pelo programa.

No Tesouro Direto, é cobrada uma taxa de 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos pela custódia dos valores. Além desta taxa, é cobrado um valor por cada negociação realizada no programa, que varia conforme a instituição financeira. No entanto, a maioria não cobra esta taxa ou cobra valores acessíveis, de até 0,30% ao ano.

Planos de previdência também podem registrar custos adicionais na hora da tributação. Enquanto no Tesouro Direto o Imposto de Renda incide apenas sobre o ganho de capital, que é a diferença entre o valor investido e o valor resgatado no futuro, no Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), por exemplo, o IR incide sobre todo o resgate.

Recomendo que você escolha o título Tesouro IPCA+, que paga uma taxa de juro prefixada mais a variação da inflação. A remuneração oferecida por estes títulos está muito elevada atualmente, próxima de 7% ao ano. Você pode optar por uma aplicação com vencimento em 2024 ou 2035.Como o título acumula rendimentos apenas no vencimento, é o mais indicado para quem está planejando a aposentadoria.

* Fernando Meibak é sócio da consultoria Moneyplan, ex-diretor de gestão de investimentos do ABN-Amro Real e HSBC Brasil e autor do livro “O Futuro Irá Chegar! Você Está Preparado Financeiramente para Viver até os 90 ou 100 Anos?”.

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