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Preço dos imóveis sobe apenas 0,84% nos últimos 12 meses

Tenha calma para fechar um bom negócio, pois a variação dos preços do mercado imobiliário deve seguir abaixo da inflação nos próximos meses

Preços dos imóveis: A tendência é de queda real, quando os preços sobem abaixo da inflação (betonociti/Thinkstock)

Preços dos imóveis: A tendência é de queda real, quando os preços sobem abaixo da inflação (betonociti/Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 3 de março de 2017 às 05h00.

Última atualização em 3 de março de 2017 às 05h01.

São Paulo - Se você planeja comprar imóvel nos próximos meses, não tenha pressa. Os preços dos imóveis residenciais seguem estáveis, subindo bem abaixo da inflação, segundo o Índice FipeZap, que acompanha a variação dos valores de apartamentos anunciados para venda em 20 cidades brasileiras.

Nos últimos 12 meses, o preço médio dos imóveis subiu apenas 0,84%. Isso significa que os demais preços da economia subiram mais do que os imóveis, em média. A inflação esperada para os últimos 12 meses, medida pelo IPCA, deve ficar em 3,85% , segundo o Boletim Focus do Banco Central. Assim, a queda real foi de 4,58%.

A queda real é registrada quando o valor de um determinado bem tem uma alta inferior ao aumento generalizado dos preços, medido por índices inflacionários, como o IPCA. Vale destacar que a variação real não é obtida com uma simples subtração. Para realizar o cálculo, é preciso dividir a oscilação dos preços pela variação da inflação.

Nos próximos meses, mesmo que os preços aumentem, a alta deve seguir bem abaixo da inflação. “Ainda há espaço para queda real dos preços. O consumidor pode procurar bastante e negociar preço”, recomenda o economista Bruno Oliva, pesquisador do Índice FipeZap.

Em fevereiro, os imóveis residenciais sofreram alta de apenas 0,13%, enquanto a inflação esperada para o mês é de 0,44%. Em nove das vinte cidades pesquisadas pelo Índice FipeZap, os preços caíram.

Veja a seguir a variação dos preços dos imóveis à venda nas 20 cidades acompanhadas pelo Índice FipeZap:

CidadeVariação do preço nos últimos 12 mesesVariação do preço em fevereiro
Goiânia-3,09%0,22%
Niterói-2,01%-0,87%
Rio de Janeiro-1,80%-0,05%
Brasília-1,19%-0,06%
Fortaleza-0,99%-0,88%
São Bernardo do Campo0,22%0,08%
Recife0,24%-0,32%
São Paulo0,48%0,18%
Campinas0,73%0,02%
Santo André0,74%0,00%
Santos1,36%-0,17%
Contagem1,76%-0,15%
Vila Velha1,91%-0,03%
São Caetano do Sul1,98%-0,03%
Florianópolis2,81%0,12%
Vitória3,09%-0,27%
Porto Alegre3,53%0,06%
Salvador4,03%0,34%
Curitiba5,55%0,30%
Belo Horizonte7,74%1,66%

Confira abaixo o preço médio do metro quadrado anunciado para venda em cada cidade em dezembro:

CidadePreço médio do metro quadrado
Rio de JaneiroR$ 10.257
São PauloR$ 8.641
Distrito FederalR$ 8.427
NiteróiR$ 7.378
FlorianópolisR$ 6.574
Belo HorizonteR$ 6.373
FortalezaR$ 6.140
São Caetano do SulR$ 5.962
RecifeR$ 5.909
VitóriaR$ 5.720
Porto AlegreR$ 5.677
CuritibaR$ 5.677
CampinasR$ 5.587
SantosR$ 5.341
Santo AndréR$ 5.290
SalvadorR$ 5.087
São Bernardo do CampoR$ 4.871
Vila VelhaR$ 4.601
GoiâniaR$ 4.111
ContagemR$ 3.546

O Índice FipeZap tem dados disponíveis sobre São Paulo e Rio de Janeiro desde janeiro de 2008. Para Belo Horizonte, a série histórica começa em maio de 2009. Para Fortaleza, em abril de 2010; para Recife em julho de 2010; e para o Distrito Federal e Salvador, em setembro de 2010.

Entre as cidades incluídas mais recentemente na composição do Índice FipeZap Ampliado, os municípios do ABC Paulista e Niterói têm dados disponíveis desde janeiro de 2012. Vitória, Vila Velha, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba têm séries históricas iniciadas em julho de 2012. O Índice FipeZap Ampliado foi lançado em janeiro de 2013.

O indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o site de classificados Zap Imóveis, acompanha os preços do metro quadrado dos imóveis usados anunciados na internet, que totalizam mais de 290 mil unidades por mês.

Além disso, são buscados também dados em outras fontes de anúncios online. A Fipe faz a ponderação dos dados utilizando a renda dos domicílios, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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