Exame Logo

Poupança antiga lidera ranking de aplicações

A combinação de juro baixo com a volatilidade da renda variável levou a poupança antiga para a liderança do ranking de investimento

Nos dois primeiros meses do ano, a aplicação mais rentável é a poupança antiga, com rendimento de 1% no período (USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 08h28.

São Paulo - Fevereiro foi desafiador para o brasileiro. A combinação de juro baixo com a volatilidade da renda variável levou a poupança antiga para a liderança do ranking de investimento.

A rentabilidade da aplicação foi de 0,5%. Vale lembrar que esse rendimento só está garantido para os depósitos feitos até 3 de maio do ano passado. O segundo melhor desempenho no mês foi do Certificado de Depósito Bancário (CDB) para aplicações acima de R$ 100 mil. A alta foi de 0,45%.

A poupança nova - cujo rendimento foi de 70% da taxa básica de juros (Selic) - ocupou a terceira colocação (0,41%) em fevereiro. Os fundos DI vieram na sequência, com variação de 0,40%.

Na renda variável, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) teve recuo de 3,91% no mês passado. O dólar caiu 0,55%, e o ouro teve uma queda de 6,54%.

"Fevereiro foi um mês em que a volatilidade se espalhou por praticamente todos os mercados. Quase todos os produtos tiveram um desempenho ruim", afirma Michael Viriato, professor de finanças do Insper.

O desempenho ruim do Ibovespa foi influenciado sobretudo pelo resultado dos papéis da Vale e da Petrobras. Em fevereiro, as ações preferenciais da mineradora caíram 6,20%, enquanto as ordinárias recuaram 6,73%.

No caso da petroleira, as preferenciais tiveram queda de 8,19%, e as ordinárias de 20,46%. "Além disso, tivemos problemas na concessão do setor elétrico", diz Fabio Colombo, administrador de investimentos.

Em relação ao cenário externo, a Bolsa também foi influenciada pelas incertezas dos Estados Unidos sobre o debate envolvendo o corte de gastos e pelo imbróglio italiano para a formação do novo governo.


"Diante disso tudo, cada vez mais os investidores devem separar o que é Ibovespa do que é Bolsa de Valores. Várias aplicações em Bolsa e em fundo de ações têm apresentado resultados positivos", afirma Viriato.

"Em fevereiro, mês em que a Bolsa caiu quase 4%, vários fundos de ações tiveram desempenho positivo", diz o professor do Insper. Na avaliação dele, o investidor vai ter de começar a acompanhar as carteiras de small caps e dividendos, por exemplo.

A boa notícia do mês passado foi a inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) que ficou em 0,29%, abaixo dos 0,34% de janeiro. A aposta porém é que o índice volte a subir em março.

Acumulado

Nos dois primeiros meses do ano, a aplicação mais rentável é a poupança antiga, com rendimento de 1% no período. O CDB para aplicações acima de R$ 100 mil está no segundo lugar com alta de 0,89%. Na renda variável, o ouro tem queda acumulada de 8,68% nos dois primeiros meses do ano. O Ibovespa caiu 5,79%, e o dólar recuou 3,37% no período.

Para os próximos meses, as aplicações a juros deverão seguir lutando para bater a inflação, segundo avaliação de Fabio Colombo. "Mas provavelmente elas deverão empatar ou ficar no negativo", afirma. Já os fundos de renda fixa e aqueles atrelados à inflação deverão sofrer por mais algum tempo por causa da curva de juros em alta.

Veja também

São Paulo - Fevereiro foi desafiador para o brasileiro. A combinação de juro baixo com a volatilidade da renda variável levou a poupança antiga para a liderança do ranking de investimento.

A rentabilidade da aplicação foi de 0,5%. Vale lembrar que esse rendimento só está garantido para os depósitos feitos até 3 de maio do ano passado. O segundo melhor desempenho no mês foi do Certificado de Depósito Bancário (CDB) para aplicações acima de R$ 100 mil. A alta foi de 0,45%.

A poupança nova - cujo rendimento foi de 70% da taxa básica de juros (Selic) - ocupou a terceira colocação (0,41%) em fevereiro. Os fundos DI vieram na sequência, com variação de 0,40%.

Na renda variável, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) teve recuo de 3,91% no mês passado. O dólar caiu 0,55%, e o ouro teve uma queda de 6,54%.

"Fevereiro foi um mês em que a volatilidade se espalhou por praticamente todos os mercados. Quase todos os produtos tiveram um desempenho ruim", afirma Michael Viriato, professor de finanças do Insper.

O desempenho ruim do Ibovespa foi influenciado sobretudo pelo resultado dos papéis da Vale e da Petrobras. Em fevereiro, as ações preferenciais da mineradora caíram 6,20%, enquanto as ordinárias recuaram 6,73%.

No caso da petroleira, as preferenciais tiveram queda de 8,19%, e as ordinárias de 20,46%. "Além disso, tivemos problemas na concessão do setor elétrico", diz Fabio Colombo, administrador de investimentos.

Em relação ao cenário externo, a Bolsa também foi influenciada pelas incertezas dos Estados Unidos sobre o debate envolvendo o corte de gastos e pelo imbróglio italiano para a formação do novo governo.


"Diante disso tudo, cada vez mais os investidores devem separar o que é Ibovespa do que é Bolsa de Valores. Várias aplicações em Bolsa e em fundo de ações têm apresentado resultados positivos", afirma Viriato.

"Em fevereiro, mês em que a Bolsa caiu quase 4%, vários fundos de ações tiveram desempenho positivo", diz o professor do Insper. Na avaliação dele, o investidor vai ter de começar a acompanhar as carteiras de small caps e dividendos, por exemplo.

A boa notícia do mês passado foi a inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) que ficou em 0,29%, abaixo dos 0,34% de janeiro. A aposta porém é que o índice volte a subir em março.

Acumulado

Nos dois primeiros meses do ano, a aplicação mais rentável é a poupança antiga, com rendimento de 1% no período. O CDB para aplicações acima de R$ 100 mil está no segundo lugar com alta de 0,89%. Na renda variável, o ouro tem queda acumulada de 8,68% nos dois primeiros meses do ano. O Ibovespa caiu 5,79%, e o dólar recuou 3,37% no período.

Para os próximos meses, as aplicações a juros deverão seguir lutando para bater a inflação, segundo avaliação de Fabio Colombo. "Mas provavelmente elas deverão empatar ou ficar no negativo", afirma. Já os fundos de renda fixa e aqueles atrelados à inflação deverão sofrer por mais algum tempo por causa da curva de juros em alta.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasImigraçãoPoupança

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Minhas Finanças

Mais na Exame