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Pesquisa mostra que 80% dos negativados são reincidentes na dívida

Entre reincidentes, 25% haviam regularizado a situação, enquanto 55% ainda estavam com a dívida pendente

Dinheiro que faz falta: volume de dívidas regularizadas avançou 8,2% no acumulado de 12 meses até outubro deste ano (BrianAJackson/Thinkstock/Thinkstock)
AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 17h59.

Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que, do total de consumidores que foram negativados em outubro, 80 por cento são reincidentes, ou seja, já haviam aparecido no cadastro de devedores ao longo dos últimos 12 meses. Nesses casos, 25 por cento haviam regularizado a situação, enquanto 55 por cento ainda estavam com a dívida pendente .

Uma das constatações do estudo é que o tempo médio decorrido entre o vencimento de uma dívida para outra é de 96 dias. Isso significa que o consumidor volta a atrasar o pagamento das contas no prazo médio de três meses do vencimento da dívida anterior.

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Outro dado mensurado pela CNDL e pelo SPC Brasil é o de quitação de dívidas. De acordo com o indicador de recuperação de crédito, aumentou em 9,5 por cento o volume de inadimplentes que conseguiram regularizar as pendências no acumulado dos últimos 12 meses até outubro.

Entre as regiões que apresentaram maior crescimento de recuperação de crédito, o Sudeste puxa o ranking no mês de outubro, com 19,5 por cento. Na sequência estão Centro-Oeste (16 por cento), o Nordeste (7,6 por cento) e o Sul (2,5 por cento). Apenas no Norte houve recuo, com queda de 5,8 por cento no volume de pessoas que conseguiram quitar dívidas.

De acordo com o indicador, o volume de dívidas regularizadas avançou 8,2 por cento no acumulado de 12 meses até outubro deste ano. Desse total, a maior parte diz respeito a dívidas bancárias (65 por cento). Em seguida, aparecem as contas de água e luz (19 por cento), contas pagas no comércio (9 por cento) e as de serviços de comunicação, como telefonia, internet e TV por assinatura (3 por cento).

O SPC recomenda ao consumidor que estude, avalie e planeje uma proposta de pagamento adequada à sua realidade. A entidade chama a atenção também para os erros que ocorrem em uma renegociação quando o consumidor aceita os termos sem ter consciência de que o prazo será cumprido.

Segundo o SPC, é importante lembrar que o fim de ano é o momento propício para o consumidor colocar as contas em dia, tendo em vista a injeção de dinheiro extra do 13º salário. Tanto no Indicador de Recuperação de Crédito quanto no Indicador de Reincidência são usados os registros de saída de CPFs das bases a que o SPC Brasil tem acesso. Os dados são de abrangência nacional.

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