Para valorizar cota de fundo, gestora faz até a reforma de imóvel
Programa FIIS em EXAME recebeu André Abreu Pereira, sócio fundador da Tellus especialista em melhoria dos ativos
Karla Mamona
Publicado em 16 de outubro de 2020 às 17h37.
Última atualização em 16 de outubro de 2020 às 17h45.
A reforma e a mudança estrutural em um empreendimento pode gerar valor para os cotistas de um fundo imobiliário . Para discutir o assunto, oprofessor Arthur Vieira de Moraes, da EXAME Research (a divisão de análise de investimentos da EXAME), recebeu nesta sexta-feira, 16, no programa FIIS em EXAME,André Abreu Pereira, sócio fundador da Tellus.
Atualmente, a gestora focada em ativos imobiliários tem 3,2 bilhões de reais sob gestão e entre os fundos que administra estão o Tellus Properties (TEPP11) e SDI Rio Bravo Renda Logística (SDIL11). O primeiro é focado em lajes corporativas e o segundo em logística.
Na carteira do TEPP11, o fundo tem participação em três empreendimentos localizados na cidade de São Paulo: Edifício Torre Sul (Berrini), Condomínio São Luiz (Itaim Bibi) e Ed. Passarelli (Pinheiros). Segundo Pereira, nos três casos, o valor médio da locação é abaixo da média praticada na capital paulista. "A média dacidade é de 85 reais o metro quadrado, enquanto o nosso é de 70 reais a média.”
O professor Vieira explicou que o preço estar abaixo acaba sendo uma vantagem. Segundo ele, ovalor de locação dos ativos do TEPP é abaixo da média porque os imóveis estavam desatualizados, mas como estão passando por reformas, irá subir e alcançar a média do mercado, ou seja, terá uma valorização. “Além disso, a ideia da reforma é trazer imóvel para padrões atuais.”
Pereira exemplificou as mudanças que foram feitas no Condomínio São Luiz, que em dois anos acabou refletindo no perfil das empresas inquilinas e na ocupação do prédio. Entre as reformas feitas estão a troca de geradores de energia, projeto de vestiário com bicicletário, melhoria da garagem, hall de entrada, entre outros. “Vamos fazer ainda uma galeria de serviços. Tudo isso gera valor e receita para os proprietários, que são os cotistas.”
O gestor também falou sobre a possibilidade de expansão dos terrenos de logísticas, em relação às vantagens e os riscos. Entre as dificuldades estão as regras rígidas que o fundo deve seguir até como não atrapalhar o inquilino que já está no local.
Assista abaixo o programa, que está disponível no canal da EXAME RESEARCH, no YouTube.