Os motores de carros que mais e menos se depreciam, segundo a KBB
KBB Brasil mostra quanto a cilindrada do motor influencia o comportamento de depreciação dos carros
Marília Almeida
Publicado em 24 de setembro de 2019 às 05h00.
Última atualização em 25 de setembro de 2019 às 17h04.
São Paulo – Como forma de auxiliar a decisão de compra do carro, a KBB Brasil mostra quanto a popular "cilindrada" (volume de deslocamento volumétrico) do motor impacta no comportamento de depreciação dos carros .
Para isso, analisou a depreciação de 300 veículos de ano-modelo 2019 - independentemente da categoria -, levando em consideração os tamanhos de seus motores para identificar o desempenho médio de cada “cilindrada” no mercado.
Apesar de não existir um padrão para a queda de preço em relação ao tamanho dos motores, nota-se que carros com blocos maiores – que, geralmente, estão atrelados a modelos de segmentos de luxo, acima de 200 mil reais – possuem índice de depreciação menor que os demais.
Desta maneira, é possível segmentar a análise de dois modos: carros de alto luxo e carros de maior volume de mercado.
Dentre os veículos com maior volume de mercado, o motor motor 1.2 possui a menor perda de valor, com taxa de 6,45%. Em contramão, o 1.4 soma a maior depreciação com 11,55% em queda.
No caso de carros de luxo, o automóvel com motor 3.8 apresenta o menor índice com 3,43%, diferentemente do 4.0 que mais deprecia com porcentagem de 8,06%.
O levantamento aponta, também, uma média de depreciação em 6,14% para carros de alto luxo. Já no caso dos demais carros do mercado, a taxa é maior, gerando 10,26% em perda de valor devido ao tipo de motor do automóvel.
Veja abaixo o gráfico com a relação completa de taxas de depreciação e valores máximos analisados por tamanhos de motores:
Neste estudo, a KBB aplicou o conceito de depreciação, que usa o valor do veículo 0 Km em um período determinado em relação a seu atual valor residual, sempre considerando o mesmo ano/modelo e sem o mesmo rigor de sua definição contábil, que tem regras muito estritas. O conceito é diferente da desvalorização, que é a comparação do preço atual de um veículo com os valores aplicados pelo mercado à mesma versão fabricada em anos anteriores.
Para produzir a pesquisa, a KBB utilizou tecnologias de análise de dados e big data. Os valores são gerados por meio de um algoritmo, que analisa diversos fatores de comportamento do mercado automotivo brasileiro, além de seguir uma análise rígida de especialistas.