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Os melhores e piores investimentos de agosto

A retomada da confiança na economia levou os fundos de ações a lideraram o ranking de investimentos de EXAME.com no mês

Ranking de investimentos: Fundos de ações ocuparam as quatro primeiras posições em agosto (choness/Thinkstock)

Ranking de investimentos: Fundos de ações ocuparam as quatro primeiras posições em agosto (choness/Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 18h32.

Última atualização em 31 de agosto de 2017 às 18h35.

São Paulo – Em agosto, o mercado voltou a confiar na recuperação da economia. Os fundos de ações lideraram o ranking de desempenho de investimentos no mês, elaborado por EXAME.com.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subiu 7,46% no período e guiou os fundos de ações classificados como “indexados”, que têm como objetivo seguir as variações de indicadores de referência. Esses fundos tiveram o melhor desempenho do levantamento, com alta de 7,67% em agosto.

Os fundos de ações classificados como “small caps”, que investem em papéis de empresas com pequeno valor de mercado, acompanharam esse movimento e ficaram em segundo lugar no ranking, com valorização de 6% no mês.

Na outra ponta, o Tesouro IPCA com juros semestrais e vencimento em 2050 ficou na última posição do ranking. Esses títulos desvalorizaram 0,56% no período, acompanhando o movimento de redução da projeção de inflação do mercado.

É importante mencionar que o ranking de investimentos considera a rentabilidade bruta das aplicações no mês e em 2017, sem descontar Imposto de Renda (IR).

Em aplicações em fundos de ações, há IR de 15%. Nos fundos de curto prazo, a alíquota é de 22,50% para resgates em até 180 dias e de 20% para resgates depois de 180 dias. Nas demais categorias de fundos (longo prazo), a tributação segue tabela regressiva, em que a alíquota varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo de vencimento.

Os títulos públicos também são tributados pela tabela regressiva de IR. A poupança não tem cobrança de imposto e a aplicação em ouro é isenta até 20 mil reais.

Confira o ranking de investimentos de agosto:

InvestimentoDesempenho em agostoDesempenho em 2017
Fundos de Ações Indexados*7,67%18,41%
Fundos de Ações Small Caps*6,00%32,14%
Fundos de Ações Livre*5,81%19,45%
Fundo de Ações Dividendos*5,52%17,45%
Ouro BM&F4,89%11,87%
Fundos de Ações Investimento no Exterior*4,41%14,85%
Fundos Cambiais1,27%-1,52%
Fundos Multimercados Livre*1,20%9,06%
Fundos Multimercados Investimento no Exterior*1,14%7,66%
Fundos de Renda Fixa Investimento no Exterior*1,03%7,79%
Tesouro Prefixado 2018 (LTN)0,82%8,62%
Fundos Renda Fixa Indexados*0,80%9,41%
Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal)0,72%9,72%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2021 (NTN-F)0,67%12,96%
Tesouro Prefixado 2021 (LTN)0,66%13,92%
Tesouro Selic 2021 (LFT)0,66%7,33%
Tesouro Selic 2023 (LFT)0,58%-
Fundos Renda Fixa Simples*0,53%6,36%
Poupança**0,53%4,12%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B)0,44%11,41%
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal)0,03%12,90%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B)-0,56%11,09%

Referências

InvestimentoDesempenho em agostoDesempenho em 2017
Ibovespa7,46%16,22%
Selic***0,80%7,37%
CDI***0,77%7,32%
IPCA0,44%3,45%
Dólar comercial0,94%-3,07%

*Até 30  de agosto, dado mais atual disponível na Anbima.
**Até 29 de agosto.
***O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.
****Projeção da versão mais atual do Boletim Focus do Banco Central.
Fontes: Anbima, BM&FBovespa, Thomson Reuters, Banco Central do Brasil e Tesouro Nacional.

Avaliação

Para o estrategista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos, as bolsas dos países emergentes como o Brasil se beneficiaram em  agosto pelo ciclo de alta no preço das commodities e pela manutenção de juros baixos na Europa e nos Estados Unidos.

Internamente, as notícias de novos empregos, criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) do BNDES e privatização da Eletrobras trouxeram um novo ânimo para o mercado. Além disso, na avaliação de Pereira, o Banco Central e o Ministério da Fazenda retomaram a credibilidade.

"Superamos um passado recente de instituições sem credibilidade e temos perspectivas de estabilidade no campo político", diz o estrategista.

O analista de investimentos da corretora Spinelli Samuel Torres concorda que a percepção de risco diminuiu. “O governo voltou a colocar questões econômicas na agenda do Congresso e o mercado está um pouco mais confiante”, explica Torres.

O mercado prevê que, na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve reduzir a taxa Selic em um ponto percentual, de 9,25% para 8,25%. “Pelas declarações recentes, o Banco Central está mais positivo em relação à retomada do consumo e do crescimento, o que deu suporte para o otimismo da Bolsa”, diz o analista.

Além dos fundos de ações, o ouro também apresentou um bom desempenho em agosto, com alta de 4,89% no mês. O ativo subiu de preço por ser um ativo mais seguro em um momento de aumento do risco global, devido aos recentes testes de mísseis da Coreia do Norte.

Na contramão dos fundos de ações e do ouro, os títulos do Tesouro IPCA ocuparam as últimas posições no ranking, puxados pelas expectativas de queda da inflação.

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