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Nova previsão de juro desestimula mudança na poupança

Investimentos BC sinaliza que juros devem cair a até 9% neste ano; postura mais conservadora desestimula redução do retorno da caderneta agora

BC: ata do Copom reforça percepção de que mudança na poupança não sai neste ano
DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 18h44.

São Paulo – O Banco Central voltou a surpreender o mercado financeiro nesta quinta-feira. A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deixa claro que a taxa básica de juros da economia brasileira deve ser reduzida para cerca de 9% ao ano durante 2012 – e não mais do que isso. A decisão desestimula a redução da remuneração da caderneta de poupança já neste ano.

Na ata, o Copom afirmou que a Selic será reduzida para patamares “ligeiramente acima dos mínimos históricos”. O piso histórico da Selic é de 8,75%, que vigorou entre 2009 e 2010. A ata, portanto, foi lida pelo mercado como um sinal de que os juros não caem abaixo de 9%.

A visão é diferente da que vigorava até o começo desta semana. Os contratos de juros futuros negociados na BM&F com vencimento em janeiro de 2013 chegaram a precificar uma queda da Selic para 8,5% ao ano nos próximos meses. Nas contas dos analistas, haveria uma redução de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom e outra de 0,50 ponto em seguida, chegando a 8,5%.

Apesar de a mudança parecer pequena, há um desdobramento importante da nova postura do Copom. Se baixasse demais os juros, o governo teria de mudar a remuneração da caderneta de poupança, hoje em 6,17% ao ano mais TR. Isso porque a caderneta é isenta de Imposto de Renda e não inclui taxas de administração. Com um juro de 8,5% ou menos, a poupança poderia ficar mais vantajosa até mesmo do que os títulos do governo federal, dificultando a rolagem da dívida pública.

Já com os juros a 9%, não há ameaça para o Tesouro Nacional. Apenas os fundos DI com taxas de administração mais elevadas e os CDB com baixa remuneração é que passarão a apresentar uma remuneração líquida inferior à da caderneta – portanto, nada interessante. Mas, até aí, é um problema dos bancos, e não mais do governo.

Além da ata do Copom, uma reportagem publicada hoje no jornal Valor também sinaliza que a mudança na poupança ficará para depois. O texto diz que a medida provisória que alteraria a remuneração está pronta, mas que só deve ser enviada ao Congresso após as eleições municipais, mais provavelmente só em 2013.

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São Paulo – O Banco Central voltou a surpreender o mercado financeiro nesta quinta-feira. A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deixa claro que a taxa básica de juros da economia brasileira deve ser reduzida para cerca de 9% ao ano durante 2012 – e não mais do que isso. A decisão desestimula a redução da remuneração da caderneta de poupança já neste ano.

Na ata, o Copom afirmou que a Selic será reduzida para patamares “ligeiramente acima dos mínimos históricos”. O piso histórico da Selic é de 8,75%, que vigorou entre 2009 e 2010. A ata, portanto, foi lida pelo mercado como um sinal de que os juros não caem abaixo de 9%.

A visão é diferente da que vigorava até o começo desta semana. Os contratos de juros futuros negociados na BM&F com vencimento em janeiro de 2013 chegaram a precificar uma queda da Selic para 8,5% ao ano nos próximos meses. Nas contas dos analistas, haveria uma redução de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom e outra de 0,50 ponto em seguida, chegando a 8,5%.

Apesar de a mudança parecer pequena, há um desdobramento importante da nova postura do Copom. Se baixasse demais os juros, o governo teria de mudar a remuneração da caderneta de poupança, hoje em 6,17% ao ano mais TR. Isso porque a caderneta é isenta de Imposto de Renda e não inclui taxas de administração. Com um juro de 8,5% ou menos, a poupança poderia ficar mais vantajosa até mesmo do que os títulos do governo federal, dificultando a rolagem da dívida pública.

Já com os juros a 9%, não há ameaça para o Tesouro Nacional. Apenas os fundos DI com taxas de administração mais elevadas e os CDB com baixa remuneração é que passarão a apresentar uma remuneração líquida inferior à da caderneta – portanto, nada interessante. Mas, até aí, é um problema dos bancos, e não mais do governo.

Além da ata do Copom, uma reportagem publicada hoje no jornal Valor também sinaliza que a mudança na poupança ficará para depois. O texto diz que a medida provisória que alteraria a remuneração está pronta, mas que só deve ser enviada ao Congresso após as eleições municipais, mais provavelmente só em 2013.

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