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Leilão do Santander vende 54 imóveis residenciais até 76% mais baratos

Os imóveis retomados pelo banco são casas e apartamentos ocupados e desocupados, em seis estados

 (Athitat Shinagowin/Thinkstock)

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Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 18 de julho de 2018 às 05h00.

Última atualização em 18 de julho de 2018 às 05h00.

São Paulo - Até 31 de julho, a Sold Leilões realiza um leilão de 54 imóveis do Santander, com preços até 76% abaixo do valor de mercado. Os imóveis retomados pelo banco são casas e apartamentos residenciais, ocupados e desocupados.  

Os lances iniciais variam de 51.850 reais a 1,5 milhão de reais. Há propriedades nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Em Porto Alegre, no bairro Camaquã, o destaque é uma casa com dois quartos em um terreno de 330 metros quadrados, cujo valor inicial é de 97 mil reais. O preço é 76% abaixo do valor de mercado.

Em Belo Horizonte, no bairro Savassi, um apartamento de 75 metros quadrados é vendido no leilão a partir de 625.900 reais. O preço é 19% abaixo do valor de mercado.

Dos 54 imóveis à venda no leilão, 11 estão desocupados e podem ser visitados mediante agendamento. Os imóveis estão com débitos de condomínio e IPTU quitados e podem ser financiados no Santander em até 420 meses.

Para participar do leilão, é preciso se cadastrar no site da Sold e ofertar lances no leilão de interesse.  Quem der o maior lance leva a oferta no dia marcado para o encerramento dos leilões, em 31 de julho.

Bancos sofrem para se livrar de imóveis retomados

O prolongamento da crise obrigou muita gente a deixar de pagar o financiamento imobiliário e a inadimplência aumentou em 2018. Com estoques altos, nunca houve tantos leilões de imóveis retomados como agora, mas os bancos enfrentam dificuldade para se livrar das propriedades.

A Caixa, líder em financiamentos imobiliários no país, colocou à venda 28.291 imóveis retomados em 2017, 58% a mais que no ano anterior. Apenas nos cinco primeiros meses de 2018, o banco já colocou à venda 17.559 imóveis retomados. Se continuar nesse ritmo, a Caixa vai ultrapassar a quantidade de 2017 antes do fim do ano.

Com dificuldade para encontrar compradores, os bancos fazem mais leilões com os mesmos imóveis, na tentativa de se livrar dos estoques.  

Comprar imóvel em leilão exige cuidados

Comprar um imóvel retomado por falta de pagamento pode ser um ótimo negócio, desde que você tome alguns cuidados.

O maior risco de um leilão é o tempo que você pode demorar para entrar no imóvel. Isso porque muitos imóveis  ainda não foram desocupados pelos seus antigos donos. Por isso, participar de um leilão de imóveis só é indicado para quem tem paciência para esperar.

Vale lembrar que, se você tiver que entrar com uma ação para despejar o morador, terá um custo adicional. Além disso, se o imóvel estiver ocupado, é provável que você não possa visitá-lo antes de fechar o negócio.

É importante ler o edital com atenção. No edital, estão as principais informações sobre o imóvel a ser leiloado: a data do leilão, o valor mínimo de venda, o estado de conservação do imóvel, quem é o vendedor e de quem são as responsabilidades por cada um dos custos excedentes, como impostos e taxas de condomínio.

Também é válido consultar um advogado que ajude a levantar as dívidas do atual morador, se o imóvel estiver ocupado. Você pode ter que arcar com débitos deixados por ele.

O advogado também pode verificar se há ações judiciais contra a execução do leilão. Nem sempre os bancos esperam o julgamento final dessas ações para colocar o imóvel em leilão extrajudicial.

Outra dica é pesquisar o valor de mercado do imóvel para avaliar se o desconto oferecido no leilão compensa o risco de ter que arcar com custos de Justiça e de reforma.

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